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A Banca do iPad–Agora vai?

12 anos atrás

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O Mercado abraçou em peso o iPad, com investimentos pesados. Gente como Richard Branson e Rupert Murdoch estão colocando um bom dinheiro apostando em projetos de longo prazo. Editoras mesmo no Brasil apostam no formato tablet, mas os números não têm sido lá essas coisas.

Mesmo revistas tradicionalmente tecnológicas como a Wired penam para conseguir assinantes.

Largar a mídia papel é MUITO complicado, eu estou longe de ser um ludita mas reluto em assinar revistas no iPad. Acho o espaço precioso demais, prefiro a aleatoriedade do papel. Já sites não tenho problema nenhum em pagar.

No geral, entretanto, o maior impedimento para a popularização de publicações em tablets parece ser a falta de exposição do conteúdo. Achar revistas e jornais no meio de um monte de aplicações na Apple Store era um inferno. Não dava para buscar em uma categoria específica, como os livros, que contam com uma loja exclusiva.

 

Com o iOS 5 foi introduzida (epa!) a figura da Banca, que concentra as publicações para iPad. É possível fazer assinaturas, ver as novidades, as capas dos ícones mudam de acordo com a edição e principalmente, habilitaram o download em background. Com revistas ocupando mais de 400MB, isso é essencial. Ah sim, também há uma loja dedicada:

 

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DIZEM que está funcionando. O Condé Nast, conglomerado com nome de fabricante de leite condensado que engloba do Reddit à Wired reporta um aumento de 285% nas assinaturas, e 142% na venda de exemplares avulsos.

142% de zero ainda é zero, resta saber se esse aumento todo irá se manter ou é apenas gente experimentando a novidade. Quando a Wired foi lançada também teve números promissores, depois melou.

A mídia eletrônica É o futuro, isso não tem volta, mas essa transição parece cada vez mais complicada. Talvez nem venha via tablets, talvez seja algo que dependa dos e-papers flexíveis, como mostrados em Caprica, Terranova e virtualmente todo filme de ficção científica dos anos 80/90.

Pode ser que em termos de ergonomia tenhamos chegado a um patamar com o formato papel, da mesma forma que chegamos em garfos e facas. Em algum momento um design não pode mais ser melhorado. O livro continua o mesmo desde a Idade Média, hoje o leitor de ebook é algo frágil, caro e delicado. Eu quero um Kindle de jogar no sofá, quero uma revista eletrônica que possa amassar, dobrar e guardar na mochila sem soltar um “PQP parti o iPad no meio”.

É pedir demais? Ainda é, mas até pouco tempo um mouse sem bolinha também era sonho inalcancável.

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