Juiz americano determina substituição de MacBook Pro defeituoso por Compaq CQ56

A história prestes a ser contada mostra que, em matéria de operadores do Direito alienados à tecnologia, o Brasil não está sozinho. Até nos Estados Unidos, onde a população tem mais acesso a tecnologias de ponta, juízes cometem deslizes de causar vergonha alheia mesmo a quem não entende lá muito de computadores e Internet. E raiva, nos autores da ação judicial fruto de análise.

Clientes da Apple que adquiriram, no final de 2008, notebooks MacBook Pro, entraram na justiça contra a NVIDIA pelos incontáveis problemas que as placas de vídeo que equipavam aquela geração, GeForce 8400M e 8600M, apresentavam. Após muita luta, a sentença saiu e, se não tivesse lido o texto oficial, seria difícil de acreditar.

O juiz James Ware determinou que a NVIDIA troque os notebooks das vítimas do conhecido problema com aquela série de placas de vídeo. Parece uma decisão sensata, não fosse um pequeno detalhe: o notebook oferecido não é um MacBook Pro, mas sim um Compaq CQ56 de menos de US$ 500 que, segundo Ware, "empata ou supera praticamente todas as especificações" do MacBook Pro de 2008. Wow...

O CQ56 vem equipado com um processador AMD Athlon V140 de 2,3 GHz e placa de vídeo integrada AMD Radeon HD 4250. Além da dúvida sobre o tal desempenho equivalente com o (bem mais caro) MacBook Pro, o maior problema, talvez, seja que o modelo da Compaq roda Windows 7, e não o Mac OS X, hoje o que primordialmente diferencia PCs tradicionais de computadores da Apple.

Ware atentou para esse detalhe também. Segundo o nobre magistrado, um "sistema operacional avançado" como o Windows 7 é suficiente, mesmo para quem usa e prefere o Mac OS X. Ele só esqueceu de levar em conta que os programas do Mac não rodam no Windows, e dependendo da atividade do usuário, o custo com programas passa, fácil, o do hardware.

Será que rola um Hackintosh no Compaq CQ56?

Via Electronista.