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Gmail e GTalk removidos dos Galaxy S comercializados pela Claro

Claro sabota o Android de toda a linha Galaxy da Samsung, vendendo-os sem aplicativos essenciais ao bom funcionamento do sistema.

13 anos atrás

Gmail na Claro? Nananinanão...

Queixa comum entre os usuários mais críticos da plataforma Android: excesso de liberdade dada aos fabricantes de aparelhos e até mesmo às operadoras de telefonia móvel para que alterem, às vezes profundamente, o sistema operacional.

Pode ser apenas um launcher feio, lento e instável, ou uma customização mais invasiva que chega a atrapalhar a sincronização de contas, como o MOTOBLUR. Enfim, em maior ou menor grau, com exceção dos Nexus, todo sistema Android entregue ao consumidor final acaba trazendo certos inconvenientes dessa natureza.

O problema é que, quando entram em cena as operadoras, as alterações feitas sobre o sistema chegam a ganhar contornos de sabotagem, como é o caso dos aparelhos Samsung da linha Galaxy vendidos pela Claro que estão agora vindo sem aplicativos essenciais ao uso do Android, como o Gmail e o GTalk.

Para quem não conhece o Android pode parecer bobagem a falta de tais aplicativos, mas não é. O sistema operacional é pensado, por motivos óbvios, para girar em torno dos apps da Google. O Android funciona tão integrado ao Gmail que a tendência é que o seu endereço por lá passe a ser o seu e-mail principal conforme você vai utilizando o smartphone. O usuário passa a precisar da conta do Google para tudo, desde a sincronização dos seus contatos e da sua agenda de compromissos até a instalação de apps através do Android Market. Já que tudo está funcionando tão integrado ao GMail, acaba-se utilizando aquela conta também como e-mail principal, o que é muito mais prático, a não ser que você tenha comprado um Android da Samsung vendido pela Claro.

Segundo a Claro, as alterações feitas no Android tem a finalidade de melhor adequar o sistema ao uso de recursos oferecidos pela operadora e por seus parceiros e, caso o usuário queira usar os apps da Google que estão faltando, basta ir até o Android Market e instalá-lo, o que é uma mentira deslavada. Quem já mexeu com custom ROMs para esses smartphones sabe que, uma vez removidos os apps que deveriam estar ali nativamente, eles só podem ser devolvidos caso seja feita uma instalação embutida num arquivo update.zip a ser integrado ao sistema através do menu de recuperação. É um procedimento que não está, em absoluto, ao alcance do usuário comum.

O que a Claro está fazendo, não sei se com o conhecimento da Samsung e da Google, é vender smartphones "sabotados" para favorecer certos parceiros, como a própria empresa assume ao dar sua justificativa. É muito importante que esse alerta seja difundido, pois esses aparelhos não são nada baratos e a falta de tais apps ocasiona, sem dúvida, em um tremendo inconveniente para o consumidor.

Como usuário atento da plataforma, não é o primeiro caso do tipo que vejo por aí. A Oi TIM vendeu muitos Motorola Quench com o arquivo onde devem ser salvas as configurações da conexão de dados vem marotamente sem permissão de escrita, embora eles te vendam o celular como desbloqueado.

Fonte: Info Exame.

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