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Resenha: Gaveta de HD BS Goldship

18 anos atrás

Na verdade não é uma gaveta, mas o nome pegou. Em essência, é um gabinete externo para um HD (ou CD, com gambiarra)
com interface USB 2.0 e totalmente Plug & Play, tornando o ato de transportar centenas de gigabytes tão simples
quanto usar um pendrive.

Veja neste artigo o funcionamento E um tutorial completo de instalação.

Por quê utilizar um HD externo?

Existem vários motivos. Alguns deles:

  • Você tem mais de um HD extra e não quer ficar abrindo o micro
  • Você precisa transportar grande quantidade de dados
  • Seu backup é levado para casa diariamente
  • Seus dados mais importantes não podem ficar no micro principal
  • Seu micro está na garantia e você não pode abri-lo
  • Você tem um notebook (meu caso)

Com a proliferação de máquinas prontas, talvez o penúltimo motivo seja o mais popular. Embora instalar um HD seja
trivial pra qualquer geek que se preze, brigar com a Dell ou a HP por ter violado uma garantia não é interessante. No
caso dos notebooks então, na impossibilidade física de atuchar um segundo HD, só nos resta a saída externa.

O Modelo da Goldship


Durante muito tempo houve um preconceito justificado, a impressão comum era que a Goldship só vendia porcarias
chinesas de terceira linha. De uns tempos para cá investiram bastante, com excelentes produtos e preços atraentes o
bastante para fazer um comprador consciente preferir o produto "nacional" a uma porcaria chinesa de segunda
linha contrabandeada. Tenho vários produtos deles, e em geral estou satisfeito.

Essa gaveta de HD, por exemplo, tem o mérito de ganhar pontos na área que nunca foi o forte desse tipo de produto:
Design. O modelo vem com pés cromados, uma elegante grade negra de ventilação em torno de todo o gabinete e tampas de
alumínio anodizado (não sei se é anodizado, mas gosto do termo) que não fazem feio em cima da sua mesa.

Material Necessário:

  • Um gabinete/gaveta para HD da Goldship
  • Um HD, IDE.


O Kit da Goldship:

A caixa da GoldShip vem com:

  • Um gabinete para HD

  • Um cabo USB

  • Uma fonte 5V/12V

  • Um suporte de plástico inútil

  • Dois parafusos de fixação do HD

  • Um folheto de instruções


O gabinete em si funciona deitado ou em pé. O pezinho de sustenteação em minha opinião é inútil e só deixa o
equipamento instável. lembrando que os quatro lados são compostos de grades de ventilação, um deles ficar obstruído
não irá afetar a temperatura do equipamento.

Na frente do equipamento temos dois LEDs, discretos. Um verde, indicando POWER-ON e um vermelho, que indica acesso ao
disco. Na traseira, os conectores de força, dados e o interruptor, que você fatalmente esquecerá de desligar pelo
menos duas vezes por semana.


O conector de força parece muito com um conector SVHS, e é uma excelente forma de assassinar sua placa de vídeo ou
seu DVD. Ligue a saída da fonte na saída de vídeo e destruirá sua linda geForce mais rápido do que se usasse um
EtherKiller.

Sendo assim, muita atenção com os cabos atrás do seu micro.

A tomada de dados é uma USB, do mesmo tipo de conector usado em scanners e alguns berços de máquinas fotográficas.
Você pode usar qualquer cabo aqui, mas o ideal é que não seja muito grande. Cabos blindados são mais desejáveis.

A parte de cima é a placa com a gravação "GOLDSHIP", a parte traseira é a com os dois buracos de parafuso.
Remova os quatro parafusos/pés da parte superior, abra a tampa e exponha as entranhas do bicho. Temos um grande
espaço vazio, reservado para um HD padrão, uma placa de circuitos, os LEDs indicativos e os dois únicos conectores
que você vai precisar conectar: Força e Dados.

Os dois conectores são projetados para não permitir que sejam colocados de forma invertida. Observe a forma de ambos,
repare que o de dados tem um ressalto, na parte superior.

O HD

Vamos utilizar um HD comum, IDE, pois com a popularização do Serial ATA, estão saindo bem em conta. No caso comprei
um Samsung de 120GB, com 3 anos de garantia no Brasil.

Aqui há um pequeno truque. O HD deve, idealmente, estar configurado como MASTER. Isso é jeito através de um jumper na
traseira, entre os conectores. No caso do Samsung, já estava corretamente configurado. As instruções vêm na etiqueta
de identificação do disco, isso não deverá ser problema.

Lembre-se, o HD deve ficar com a parte dos circuitos e parafusos voltada para baixo. Conecte os cabos de dados e de
força (o de força precisa de uma certa ajudinha, pois não é algo que deva ficar frouxo). Ajeite o HD dentro do
gabinete. Verifique que os orifícios dos dois parafusos de fixação na traseira do gabinete estão alinhados com os
buracos do HD.

Se estiverem, coloque os dois parafusos. Embora pequenos irão fixar perfeitamente o HD. Isso é importante, você
faltamente irá andar com essa gaveta de um lado para outro, seja ajeitamento na sua mesa até achar a posição ideal,
seja levando para a casa de seus amigos, nas confraternizações de disseminação de informação digital.

Feche a tampa e conecte os cabos. A traseira de sua unidade deverá ficar igual a isto:

Se você tiver alguma superfície vertical, pode usar a gaveta encostada à ela, do contrário recomendo que a utilize
deitada. Embora uma queda não seja problema (um HD resiste a choques muito maiores) o susto e o barulho não
compensarão.

Ligue o conector de força na tomada. Acione o botão power. verá as luzes do HD acendendo, o vermelho piscará por
alguns instantes, o verde ficará fixo. Agora, último passo: Conecte o cabo de dados USB em uma porta livre de seu
micro. De preferência uma porta USB 2.0.

Seu Windows (se for qualquer coisa acima do 98) irá reconhecer um novo dispositivo, depois um dispositivo genérico,
depois chamará seu HD pelo nome e quando você menos esperar, uma nova letra surgirá em seu Explorer.

Sim, simples assim. Fácil como um pendrive. Plug&Play como todo Plug&Play deveria ser.

Se o HD já estiver formatado, é só utilizar. Se não, formate-o.

Agora é usar e abusar, lembrando-se que você está com um HD de verdade, não um pendrive genérico. Veja como o Windows
reconhece o nosso disco:

SAMSUNG SP1203N USB Device. Fabricante, modelo do HD, tudo ali. Você verá que todas as ferramentas de disco
funcionam, também. O Windows não fará distinção entre um HD via USB e um HD via portas convencionais.

Como curiosidade, note a versão do driver: 1/7/2001. Isso que eu chamo de código acabado. O máximo que um programa
meu ficou sem sofrer modificações foram 5 anos.

Testes e Performance

Um HD em uma USB 2.0 em teoria tem banda de sobra para funcionar sem interferir com o resto dos dispositivos, mas na
prática tarefas que façam uso muito intenso irão degradar o resto do subsistema.

Meu teste reportou as seguintes velocidades (com os buffers desligados):

Leitura: 595.349KB/s

Gravação: 139.320KB/s

para arquivos de 100MB.

Considerações Finais

A performance no dia-a-dia é excelente (venho usando o equipamento já faz muito tempo), o equipamento é bonito e não
destoa de sua mesa. O reconhecimento por parte do sistema operacional é deliciosamente simples e a utilização é
imediata.

Usuários de notebooks ou computadores ainda dentro da garantia, que não podem ser abertos, se beneficiarão muito com
um equipamento desses.

É talvez o melhor produto da Goldship que já comprei.

Curiosidade: Fiz uma pergunta uma vez e ninguém, absolutamente ninguém conseguiu responder. Pesquisei, experimentei e
agora posso resolver a Grande Dúvida:

Sim, Virgínia, se você conectar um CD-ROM ou DVD-ROM na conexão IDE do gabinete o CD/DVD será devidamente
reconhecido, e se for um dispositivo com capacidades de gravação, o mesmo será reconhecido e funcionará de forma tão
suave quanto se estivesse em uma porta IDE ou SATA.

Existem gavetas específicas para drives opticos (CD/DVD) mas a única diferença é o tamanho. Nada impede que você
compre uma dessas e coloque o HD ao invés de um CD. Algumas trazem até uma tampa frontal, para esses casos.

Pontuação:

Facilidade de Instalação: 9/10

Funcionalidade: 9/10

Documentação: 3/10

Design: 8/10

Performance: 9/10

Portabilidade: 7/10

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