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[CES 2011] Tablets, tablets, tablets!

Google, Microsoft, ASUS e outras gigantes da tecnologia se rendem aos tablets. Resumão do que rolou de mais importante na CES 2011 sobre os novos gadgets mais desejados do mundo.

13 anos atrás

Não era segredo algum de que, nesse ano, os tablets seriam os protagonistas da CES. Confirmando as expectativas, as pequenas máquinas, com telas que vão de 7" a 12,1", roubaram a cena. Diversos modelos de vários fabricantes foram mostrados, Google e Microsoft apresentaram suas armas para acabar com a hegemonia da Apple, e vive-se, lá pelo menos, um clima de que, em pouco tempo, os tablets serão a principal ferramenta da computação pessoal.

A Forrester liberou uma atualização nas projeções de consumo dos norte-americanos para 2015. Nesse ano, segundo a consultoria, os tablets serão os produtos mais vendidos, à frente dos notebooks e desktops, ambos em decadência em comparação a 2010, e dos netbooks, que, surpreendentemente, serão mais vendidos do que são hoje. Coisas de um novo nicho que nasceu forte.

É difícil apontar quem, no lado do software, criou mais expectativa antes do início da CES 2011. De um lado, a Microsoft chegou com um ar de "mais do mesmo", repetindo o discurso de 2010 de que o ano será dos tablets. Do outro, a Google com seu aguardado Android 3.0, feito com tablets em mente e com uma lista enorme de fabricantes salivando para colocar no mercado modelos atualizados.

Ambas fizeram o que era esperado: apresentaram suas crias. O fato da da Google ser realmente nova talvez penda a balança para ela, mas a proposta da Microsoft, que, segundo Steve Ballmer, quer colocar o Windows em todo quanto é lugar, também é interessante.

Mas vamos colocar tudo em pratos limpos, passando pelo que de principal aconteceu na CES quando o assunto foi tablets.

Honeycomb, Xoom e a linha da ASUS

Não é mais segredo, o vídeo apareceu:

O Android 3.0 ratifica as palavras de executivos e entusiastas: é o Android feito para tablets. Aproveitando melhor o espaço das telas maiores que as dos smartphones, a interface foi redesenhada e aparenta entregar uma experiência mais agradável que a do "FroYo esticado". Diversos aplicativos da própria Google foram refeitos, explorando as polegadas extras, e está tudo muito bonito e funcional — ao menos no vídeo demonstrativo, o que, nem sempre, reflete a realidade.

Ah, e uma atualização: não há requisitos mínimos para essa versão, ao contrário do que rumores indicavam. Palavra de Dan Morrill, gerente do programa de compatibilidade & open source do Android.

Nada de requisitos mínimos no Honeycomb.

Nada de requisitos mínimos no Honeycomb.

O carro-chefe dessa nova leva de tablets rodando Android 3.0 é o, agora batizado, Xoom, da Motorola. Tela de 10,1", movido por um NVIDIA Tegra 2 de 1 GHz e com duas câmeras, é a consolidação de tudo o que se espera de um tablet top de linha com Android. E o melhor: nossos camaradas do Zumo conversaram com Sérgio Buniac, VP de Produtos Móveis de Motorola Mobility no Brasil, que garantiu que o Xoom chega aqui, no Brasil, em abril. Nada de preços, porém, foi dito.

Outro player de peso, a ASUS mostrou quatro tablets na CES, três deles movidos a Android.

O Eee Pad MeMO é o menor deles, com tela de 7" e acompanhado de uma stylus (não se engane, a tela é capacitiva). Pela leveza, finura e "pegada", leva o maior jeitão de ser o bloco de notas do século XXI.

ASUS Eee Pad MeMo.

ASUS Eee Pad MeMo. (Clique para ampliar)

Já o Eee Pad Slider é um tabletmaior, com tela de 10,1" e um segredo na sua base: um teclado completo, do tipo "chiclete", deslizante.

ASUS Eee Pad Slider.

ASUS Eee Pad Slider. (Clique para ampliar)

Por fim, o Eee Pad Transformer, também de 10,1", que à primeira vista parece um tablet tradicional (e de fato é), mas que pode ser acoplado a uma base com teclado e transformar-se num netbook Android.

ASUS Eee Pad Transformer.

ASUS Eee Pad Transformer. (Clique para ampliar)

Quem esperava um Windows específico para tablets, ficou a ver navios. A Microsoft anunciou, sim, que o Windows 8 rodará em processadores ARM, mas isso é coisa para 2012, no mínimo. Hoje, a proposta da gigante de Redmond é o bom e velho Windows 7.

Algumas parceiras apresentaram tablets, no mínimo, diferentes movidos a Windows 7. Acer, Samsung e ASUS mostraram que quem for de Microsoft no segmento dos tablets simplesmente não curtiu muito a ideia do iPad, querem um sistema completo e formas de trabalhar produtivas e confortáveis.

O Dual-Screen PC, da Acer, já foi visto anteriormente. Tem o form factor de um notebook comum, mas é composto por duas telas sensíveis a toques, uma no local tradicional, outra onde deveria estar o teclado e o trackpad. Quer eles de volta? Arraste os dez dedos nessa tela e ambos aparecerão.

Duas telas sensíveis a toques no notebook/tablet da Acer.

Duas telas sensíveis a toques no notebook/tablet da Acer.

Já o PC 7 Sliding Series, da Samsung, pega carona na ideia do ASUS Eee Pad Slider, escondendo um teclado deslizante na parte inferior.

O dito tablet mais poderoso do mundo é o ASUS Eee Slate EP121. Com processador Core i5 470UM e até 4 GB de memória, é mais do que capaz de rodar o Windows 7 sem sustos. Já está em pré-venda na Amazon, pela bagatela de US$ 999.

ASUS Eee Slate EP121.

ASUS Eee Slate EP121. (Clique para ampliar)

E tem o PlayBook!

Não podemos nos esquecer do PlayBook, o tablet da RIM. Software robusto e construção aparentemente bastante sólida (tão fino!), além da confiança que a empresa por trás do BlackBerry oferece. Um hands-on, para fechar:

Quem esperou que 2010 fosse o ano dos tablets e se decepcionou como a hegemonia incontestada do iPad, tem motivos de sobra para crer que, dessa vez, vai. Diversos fabricantes, software disponível e consumidores ávidos por comprar formam a combinação perfeita para a explosão de um novo nicho de mercado.

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