Análise - Kingdom Hearts 358/2 days

A série Kingdom Hearts teve início no Playstation 2. Na época, muita gente desconfiava se uma mistura de Final Fantasy com personagens da Disney daria certo. Mas bastou o jogo ser lançado para que virasse um sucesso entre os fãs de RPG.

A história da série gira em torno de Sora, um menino que precisa encontrar seus amigos Kairi e Riku, e para isso se junta com Donald e Pateta, que estavam em busca do rei Mickey, que havia saído para uma missão importante. Juntos, esse trio parte para diversos mundos, como Agrabah, Never Land, Hollow Bastion, entre outros que marcaram o universo Disney.

A primeira aparição da série em um portátil ocorreu em Kingdom Hearts: Chain Of Memories para Game Boy Advance. O jogo foi bem recebido entre os fãs da série, embora não tenha atingido tanto sucesso quanto as versões para Playstation 2.

Kingdom Hearts 358/2 days se passa após os eventos de Kingdom Hearts e antes de Kingdom Hearts 2, período em que Sora está adormecido e Naminé trabalha em recuperar suas memórias. A história gira em torno do ano em que Roxas pertenceu a organização XIII, entidade formada por “Nobodies”, pessoas que não possuem coração. Roxas não se lembra como entrou para a organização, e nem como consegue controlar a Keyblade, arma usada para coletar corações.

Na organização XIII, Roxas recebe a missão de usar a Keyblade para destruir Heartless, e coletar seus corações, a fim de cumprir o objetivo da organização: Completar o Kingdom Hearts, para que assim possam adquirir seus corações e passarem a ter sentimentos e existir de verdade. Roxas descobre que só existirá realmente quando possuir um coração, e ele é o único capaz de controlar a Keyblade e coletar coletar corações.

O jogo tem seu inicio no 7º dia de Roxas na entidade. Em suas missões, ele acaba fazendo amizade com Axel, um dos membros da organização. Axel possui o costume de tomar sorvete após completar o dia. Ele acaba convidando Roxas para acompanhá-lo. O garoto não entende o porquê de tomar sorvete na torre da estação de Twilight Town enquanto conversa e assiste ao pôr-do-sol. Axel diz que “amigos costumam fazer coisas desse tipo”. Roxas pergunta: “Então amigos são pessoas que tomam sorvete juntos?” Então Axel combina com Roxas que após cada dia eles irão se encontrar no mesmo lugar de sempre para tomar sorvete.

Enquanto a amizade de Roxas e Axel cresce, um novo membro entra na organização: Seu número é XIV, e seu nome é Xion, que não conversa com ninguém, e nunca mostra seu rosto. Roxas acaba se interessando nesse membro. Até que um dia, Ele é mandado com Xion em uma missão. Após completá-la, Xion acaba falando o nome de Roxas, e revela seu rosto. Ela é uma garota. Aparentemente, Roxas foi a primeira pessoa com quem Xion falou. Após alguns dias, Axel é mandado para o Castelo Oblivion, e Roxas acaba tendo que tomar sorvete sozinho. Como ele fez amizade com Xion, ele a convida para ir com ele, e promete que um dia os três se juntarão e serão amigos para sempre.

O jogo aproveita das duas telas do Nintendo DS: Na tela de cima, o jogador controla Roxas pelos cenários, seja com o objetivo de destruir inimigos em uma missão, ou simplesmente conversar com outros membros da organização no castelo que nunca existiu (Castle that never was), a base da organização XIII. Na tela de baixo, a Touch Screen, podemos ver o mapa da área, a taxa da missão que foi completa, o inimigo-alvo e o mundo em que você se encontra, caso não haja alvo específico. Tudo isso sem precisar tocar na tela, o que facilita a vida do jogador.

Em suas missões, Roxas tem objetivos a serem cumpridos. Para isso, podemos contar com a Mission Gauge, uma barra localizada na Touch Screen. Nela, há um “X” que marca o mínimo você precisa completá-la para terminar a missão e poder voltar ao castelo. Porém, se quiser, pode completar além do necessário. Ou seja, você pode fazer “trabalho extra”. Se completar a barra toda, receberá prêmios extras no final da missão.

O menu do jogo pode ser acessado na base da organização, “the castle that never was”. Lá podemos salvar o jogo a qualquer momento, verificar o Status do personagem, ler o diário de Roxas, ver o perfil dos inimigos já derrotados, equipar itens, e até mesmo jogar novamente uma missão que você já cumpriu.

Em sua jornada, Roxas certamente precisará de muitos itens e magias. Para isso, existem os painéis que podem ser acessados no menu do jogo. Lá, existem blocos onde você pode equipar novos itens, magias e acessórios para sua arma. Até mesmo o “Level Up” precisa ser equipado No começo do jogo, o jogador certamente achará o painel muito limitado, pois existem poucos blocos para serem equipados. Mas não se preocupe: A cada missão que você completa, você ganha um novo bloco.

A cada dia, Roxas recebe uma lista de missões para realizar. Porém, nem todas são obrigatórias. Ao ver o menu das missões disponíveis, aquelas que estiverem com uma chave como símbolo, são as missões primárias, ou seja, aquelas que realmente importam. Mas se você quiser, pode realizar as missões extras para ganhar novos itens e novos painéis.

Em algumas missões você terá um aliado da organização para te ajudar. Esse aliado vai te seguir, e te auxiliar a exterminar os heartless, e eventualmente te curar quando estiverem com baixa energia. Caso seu ajudante morra (O que é meio difícil), ele retorna dentro de alguns segundos. Mas se você morrer, terá que recomeçar a batalha. Se morrer várias vezes, você tem a opção de diminuir a dificuldade. Para isso, basta selecionar “Decrease Challenge” na tela de Game Over.

Caso canse de jogar com Roxas, você pode tentar o “Mission Mode” no menu principal. Lá você terá a opção de jogar uma missão que você já completou com qualquer membro da organização XIII, e alguns destraváveis como Donald, Pateta, Riku e Mickey. Se conseguir completar as missões, ganhará coroas. Com elas, você pode ir no Moogle Shop, a loja do game, e trocá-las por itens bem úteis.

Se acha isso bastante, espere até terminar o jogo e destravar o “Theater Room” onde você pode assistir a todas as CGs do game.