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Remedy e a falta de controle sobre as suas criações

CEO da Remedy explica porque as séries Alan Wake e Quantum Break não receberam continuações e porque o estúdio mudou sua estratégia no desenvolvimento de novos jogos.

6 anos atrás

Quando você é uma desenvolvedora de jogos que não está sob o controle de uma empresa maior, normalmente conta com duas opções: trabalhar na criação de novas franquias tendo que bancar todo o financiamento, ou aceitar o dinheiro de uma grande editora e muitas vezes não ter o controle sobre a propriedade intelectual.

No caso da Remedy Entertainment, a empresa optou pela segunda opção para criar as séries Alan Wake e Quantum Break, e conforme explicou o CEO Tero Virtala, é por isso que ambos os jogos nunca receberam continuações.

Considerando a nossa história… O Alan Wake foi realmente interessante, mas foi uma colaboração com a Microsoft. Devido a certas razões, ele nunca recebeu uma sequência. O Quantum Break também, pusemos bastante esforço para criar o mundo, os personagens, as histórias, mas ainda assim é uma propriedade intelectual da Microsoft. Eles decidiram por não levá-la adiante. Se possuímos a propriedade intelectual, ela está totalmente nas nossas mãos para decidir como criá-la, quais decisões criativas tomaremos? E então talvez um dia no futuro, se ela se mostrar bem sucedida, estará novamente nas suas mãos decidir o que será feito. Isso era importante para nós.

Foi isso o que levou o estúdio finlandês a seguir por outro caminho com o Control, jogo revelado durante a E3 deste ano e que por se tratar de uma marca que não pertencerá a outra companhia, eles terão total liberdade para continuar a sua história quando bem entenderem.

Segundo Virtala, a ideia do pessoal da Remedy é passar a trabalhar com jogos menores e em mais de um ao mesmo tempo. Isso somado ao fato de serem donos das propriedades intelectuais permitirá que eles desenvolvam melhor os personagens, mundos e histórias que pretendem criar, algo que eles não puderam fazer com os dois títulos citados anteriormente.

Eu ainda não joguei o Quantum Break, mas no caso do Alan Wake, gostei bastante do enredo que eles entregaram e da maneira como o jogo parece ter saído de um conto do mestre Stephen King. Ele até chegou a receber uma expansão, a American Nightmare, mas creio que assim como eu, muitas pessoas que gostaram daquele título também sentiram a falta de uma verdadeira continuação (que até começou a ser produzida). O problema é que pelas palavras do executivo, é bem provável que ela nunca chegue a ser feita.

Fonte: GamesIndustry.

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