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Curativos adesivos inteligentes que monitoram feridas e aplicam remédios

Esse curativo adesivo inteligente tem sensores flexíveis de oxigenação e pH para monitorar feridas em tempo real e aplicar medicações na hora certa.

6 anos atrás

Protótipo de curativo adesivo que pode monitorar oxigenação e pH de feridas, aplicando remédios na hora certa.

Apesar do nome, os curativos adesivos não curam as feridas nas quais são aplicados, mas isto pode se tornar realidade em breve, se depender de pesquisadores da Universidade Tufts de Medford, Massachusetts, que criaram esse protótipo funcional de um curativo inteligente.

O pequeno curativo flexível é capaz de aplicar periodicamente doses de antibiótico prescrito pelo médico, e vai além, com sensores flexíveis que monitoram a oxigenação, temperatura e pH da ferida em tempo real. Todas as informações captadas pelos sensores são enviadas ao processador, que pode administrar os remédios de acordo com os resultados simplesmente esquentando um gel, criando um loop fechado.

Funcionamento do curativo inteligente, que monitora feridas e aplica medicação quando necessário

O objetivo é aplicar a medicação na hora certa, aumentando as chances de cura de feridas. Quando se tornar realidade, esse curativo tem o potencial de ser muito útil para pacientes idosos que moram sozinhos, e que muitas vezes acabam com feridas que simplesmente não cicatrizam por serem tratadas de uma forma precária.

O curativo também conta com Bluetooth para enviar as informações para os smartphones do paciente e/ou médico. Tudo é descartável, menos o processador, é claro. Nas palavras de Sameer Sonkusale, que é professor de Engenharia Elétrica e da Computação na Universidade Tufts, e um dos responsáveis pelo projeto:

“Os eletrônicos flexíveis tornaram muitos aparelhos médicos vestíveis possíveis, mas os curativos mudaram muito pouco desde o princípio da medicina. Nós estamos simplesmente aplicando tecnologia moderna para uma arte antiga na esperança de melhorar os resultados de um problema intratável.

Ele também diz que os curativos podem ser adaptados para as necessidades dos pacientes e recomendações dos médicos: “o curativo inteligente que criamos, com sensores de pH e temperatura e aplicação de antibióticos, é apenas um protótipo para um grande leque de possibilidades.”

Os curativos inteligentes estão no momento em estudos para comparação de efetividade em relação aos curativos tradicionais do mercado, e estou desde já torcendo para que cheguem um dia nas prateleiras das farmácias.

O projeto é bem legal, méritos de uma pá de gente que foi responsável pela pesquisa (além do já citado professor Sonkusale, Pooria Mostafalu, Ali Tamayol, Rahim Rahimi, Manuel Ochoa, Akbar Khalilpour, Gita Kiaee, Iman Yazdi, Sara Bagherifard, Mehmet Dokmeci, Ali Khademhosseini e Babak Ziaie. Ufa).

Saiba mais no Tufts Now.

O artigo foi publicado na revista Small, disponível em versão online para assinantes (no Brasil, só com um proxy).

Com informações do Digital Trends.

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