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Vendas de tablets continuam diminuindo, mas Apple e Amazon fecham 2017 com números positivos

Ainda que os tablets estejam vendendo menos ano após ano, Apple, Huawei e Amazon fecharam 2017 com números individuais positivos; a maçã ainda domina o mercado, vendendo mais que Amazon e Samsung juntas.

6 anos atrás

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Fato: o mercado de tablets está perdendo tração. As principais fabricantes estão vendendo bem menos do que outrora, os números ano após ano vão confirmando a tendência de que os usuários estão preferindo ou smartphones ou dispositivos híbridos, no caso ultrabooks com teclados destacáveis que tiveram um aumento de 10,3% no último trimestre de 2017, com 6,5 milhões de unidades enviadas às lojas em relação ao mesmo período de 2016.

No entanto, em absoluto os tablets estão saindo menos do que nos anos anteriores. A explicação é que hoje em dia os nossos smartphones são poderosos o bastante para dar conta de uma série de tarefas e muito mais portáteis, enquanto um iPad ou coisa que o valha nunca será tão potente quanto um laptop para tarefas mais específicas.Embora a maçã insista que a linha iPad Pro seja ideal para substituir um notebook Windows em todas as situações (claro que eles não vão comparar com a linha MacBook), isso está bem longe da realidade. Mesmo a Microsoft não promove seus Surfaces dessa forma.

Passados oito anos do lançamento do iPad original, a conclusão que chegamos é a seguinte: tablets são dispositivos voltados essencialmente para consumo de conteúdo, não produção e isso posto, quem queria um já comprou e o ciclo de substituição desses dispositivos é bem mais lento que o dos smartphones. Algumas empresas pularam fora do mercado, outras puxaram o freio e estão lucrando bem menos.

Só que pelo menos três companhias ainda tiveram um aumento nos envios em 2017, mesmo com o mercado no geral encolhendo: Apple, Huawei e comemorando muito, a Amazon:

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Segundo números da IDC a maçã vendeu 43,8 milhões de tablets globalmente no último ano, um modesto aumento de 3% em relação a 2016. A chinesa Huawei, que hoje é a segunda maior fabricante de smartphones se saiu melhor, saltando de 9,8 milhões para 12,5 milhões, um acréscimo de 28% nas vendas. Já a Amazon, que foca em produtos acessíveis (o modelo mais modesto, o Fire 7 está numa promoção sendo vendido por US$ 40) teve um desempenho espetacular, indo de 12,1 milhões em 2016 para 16,7 milhões em 2017, aumento de 38%. Samsung, Lenovo e todas as outras venderam menos em relação ao ano anterior.

Claro que em números absolutos a coisa muda completamente de figura: a Apple domina o mercado, ainda que numa proporção mais civilizada com 24,3%; mesmo assim ela enviou 43,8 milhões de iPads no último ano, número maior que os da Samsung e Amazon combinados. Claro que por ter vendido apenas 1,2 milhão de unidades a mais que em 2016 o crescimento em comparação foi menor, mas não dá para negar que na percepção popular iPad ainda é sinônimo de tablet.

A questão é se esses números se manterão, com Apple, Amazon e Huawei fechando 2018 com um número maior de vendas e se eles serão suficientes para estimular os concorrentes, de modo a reverter a queda constante no mercado geral.

Fonte: IDC.

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