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Grindr evolui de app de encontros para plataforma de mídia

O Grindr está evoluindo: app de encontros agora conta com uma revista digital própria, com conteúdo voltado para a comunidade LGBTQ.

6 anos atrás

Pouca gente lembra, mas o Grindr foi de fato o primeiro app voltado a promover encontros entre pessoas a atingir massa crítica, tendo surgido em 2009 (três anos antes do lançamento do Tinder) e é impressionante notar que o pioneiro foi totalmente voltado à comunidade LGBTQ em vez de mirar num público muito mais amplo, deixando de juntar todo mundo que quisesse encontrar alguém. Claro que a empresa mantém o Blendr para o público geral (lançado em 2011), mas esse nunca pegou tração.

O Grindr enquanto plataforma é bem restrito, possui uma comunidade bastante sólida e pelo fato de só contar com usuários da comunidade os mesmos encontraram no app um lugar seguro para encontrar pessoas sem serem incomodadas. Não é de se estranhar, portanto que ele tenha se tornado tão popular, mas até pouco tempo atrás ele era essencialmente um app de pegação, tal qual seus concorrentes diretos.

Ainda assim ele sempre fez mais, fornecia notificações de eventos e coisas interessantes para o público gay/bi/etc, mas meses atrás a plataforma resolveu experimentar com algo novo: a geração de conteúdo próprio. Em agosto o Grindr criou a INTO, uma revista digital própria com conteúdo curado pelos editores Zach Stafford e Trish Bendix, boa parte dele gerado pelos próprios usuários.

Em um episódio recente do podcast Recode Decode, Stafford mencionou o episódio das eleições no estado do Alabama, em que o democrata Doug Jones venceu o republicano Roy Moore: este, que vinha de uma série de acusações de assédio e ainda assim era o candidato da Casa Branca foi alvo de um editorial da INTO, distribuído localmente que segundo o editor-chefe da revista atingiu a marca de 10 mil visualizações.

Isso significa que o Grindr está diversificando seu conteúdo, possuir uma plataforma de geração de conteúdo não só oferece mais coisas para seu público como pode vir a estimular anunciantes a investirem em propaganda, bem como um dia o app pode “fazer o Snapchat” e contar com uma aba que inclua revistas, sites, canais e outras fontes voltadas ao público LGBTQ, mas isso é só uma das possibilidades.

Fonte: Recode.

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