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Tristezas e injustiças da venda de fotos on-line

Bancos de imagens podem ser uma boa pedida para ganhar uma graninha extra na fotografia, mas podem causar algumas decepções nos usuários. Veja esses dois casos que exemplificam essa afirmação.

6 anos atrás

Em tempos de internet, uma possibilidade de ganhar um dinheiro com fotografia está nos grandes bancos de imagens que temos espalhados pela rede. Antigamente o fotógrafo poderia vender suas imagens nas agências. Mas, não era todo mundo que era aceito e você tinha que ter um material bem bacana para ser oferecido pelas empresas. Hoje, nos bancos de imagens, qualquer um pode criar uma conta e colocar suas imagens à venda. Os cliente para essas imagens também podem ser qualquer pessoa. Uma grande agência de publicidade, uma revista de moda ou, simplesmente, um mortal querendo uma imagem para a página de abertura de seu blog.

O valor pago por essas imagens costuma variar segundo o seu uso. Se o cliente quer exclusividade então o valor é alto, mas para usos e resoluções mais baixas os valores pagos costumam ser bem humildes. Lembrando que parte dessa grana fica com o banco de imagens. Essa semana tivemos duas histórias bem interessantes em relação a esses bancos de imagens mostrando que as vezes uma alegria se transforma em uma grande tristeza, e que também existem algumas discrepâncias muito grandes entre os valores de imagens vendidas para o mesmo fim (algumas vezes por culpa do próprio fotógrafo).

A primeira notícia, que se mostrou frustrante, envolve o fotógrafo Mike Martin. No dia 22 de dezembro ele recebeu um e-mail do 500px dizendo que havia feito duas vendas de uma imagem totalizando US$ 2.700,00. Claro que o fotógrafo ficou feliz, pois esse tipo de montante é muito raro em um banco de imagens. Ele entrou em contato com a empresa para perguntar sobre o pagamento e a resposta era que esse tipo de montante levaria até 45 dias para ser pago. Porém, a alegria durou pouco. Na manhã do dia 26 de dezembro Martin recebeu um e-mail da empresa dizendo que o sistema havia errado a pontuação e que na verdade o valor da venda era de US$ 27,00 e, já que eles só fazem depósitos de no mínimo US$ 30,00, o valor ficaria retido até que outra venda fosse efetuada. Relatos de outros usuários dizem que foi uma pane geral no sistema e todos que venderam fotos nessa semana passaram pelo mesmo erro de multiplicação. Alegria de fotógrafo dura pouco.

O segundo caso é apenas uma curiosidade de algo que aconteceu há muito tempo. Algum tempo atrás falei aqui sobre Charles O’Rear, o fotógrafo que fez a foto que era o papel de parede do Windows XP. A foto dele é considerada a mais visualizada do mundo e muita gente ainda reconhece o sistema operacional da Microsoft pela imagem. Pois bem, estima-se que a Microsoft pagou algo em torno de US$ 100 mil pelo uso exclusivo da imagem. Se hoje isso é muita grana, imaginem na época de lançamento do Windows XP. Em 1999 Peter Burian estava testando um conjunto de lentes para publicação de um review em uma revista de fotografia. Das imagens produzidas por ele nesse dia estava a fotografia abaixo, batizada simplesmente de outono.

Peter mandou a imagem para o banco de imagens Corbis como uma foto livre de royalties. Dentro dessa categoria a Microsoft comprou a fotografia pagando o preço básico de uma imagem para uso comercial. Na época o fotógrafo recebeu pela compra da imagem US$ 45,00. Outono pode não ser a foto mais vista da história, mas é muito famosa para os usuários do Widnows XP. Fotos igualmente belíssimas, mas que renderam valores bem diferentes para seus autores.

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