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Fazendo turismo nos mundos virtuais dos games

Você gosta de admirar os cenários dos jogos? Pois saiba que alguns mods podem permitir que esses passeios virtuais aconteçam mesmo em jogos originalmente repletos de ação.

6 anos atrás

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Uma das coisas que mais me agradam em jogos de mundos abertos é a possibilidade que eles nos dão de simplesmente explorar os cenários. Andar de um lado para o outro apenas admirando aquilo que os estúdios criaram sempre me fascinou e não foram poucas as vezes em que deixei toda a aventura de lado apenas para conhecer os mundos virtuais em que entrei.

Sempre tive a noção de que outras pessoas deviam fazer o mesmo, mas confesso ter ficado surpreso ao conhecer a página Game Tourism, de JP LeBreton. Tendo trabalhado como game designer nos dois primeiros BioShocks, o sujeito certamente conhece uma coisa ou outra sobre cenários e decidiu reunir por lá diversos jogos em que podemos encará-los apenas como turistas

O detalhe aqui é que os títulos listados por ele estão longe de serem pacíficos, então o sujeito tratou de desenvolver modificações para remover todas (ou quase todas) as ameaças que poderiam prejudicar o nosso turismo. São jogos como o Half-Life 2, Dark Forces, Alien: Isolation, Assassin's Creed: Origins, Fallout 4, Quake e Doom, todos devidamente adaptados para nos preocuparmos apenas em admirar as belas paisagens.

O turismo em games é jogar algo com o objetivo primário de explorar seu mundo, sem entrar em qualquer conflito como combate ou stealth,” explica LeBreton em sua página. “Seja o conflito ignorado por macetes, mods ou uma função integrada, o objetivo é reorientar a atenção para a arquitetura do jogo, sua estética, enredo e atmosfera. Sinta-se a vontade para pensar nisso como uma forma de mod ou glitch.

Para quem busca os jogos eletrônicos principalmente pela ação que eles proporcionam, encarar algo desta maneira certamente deve parecer bastante entediante, mas ao escrever sobre o No Man's Sky, creio que Jeff Minter foi brilhante ao explicar como os turistas virtuais se sentem em alguns títulos.

Então em algum dia há uma década algo aconteceu comigo pela primeira vez. Estava jogando o [The Elder Scrolls IV] Oblivion no Xbox 360, andando no meu cavalo por um caminho com vista para a Imperial City e aquilo parecia tão adorável que me senti compelido a parar, descer do meu cavalo e ficar parado ali por um momento apenas admirando a paisagem. Acho que aquilo serviu como uma transição para mim, transformando o ambiente de um lugar onde a ação acontecia para… bem, o tipo de lugar em que você gostaria apenas de parar e olhar por um tempo por ser lindo. De alguma forma essa nova apreciação da beleza de um mundo num game me fez sentir mais como se estivesse lá.

O que considero bacana em ter achado (obrigado Rock, Paper, Shotgun!) os relatos dessas pessoas é que eles me fizeram perceber que, mesmo de forma inconsciente sempre fui uma espécie de turista virtual, pois mesmo sempre tentado imergir o máximo possível nos games, nunca tinha reparado em como o simples ato de admirar uma paisagem me ajudava a sentir que eu realmente fazia parte daquele mundo. O bom é que agora sei que posso fazer isso mesmo em jogos menos abertos, onde o frenesi das explosões e confrontos “desviavam minha atenção”.

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