Ronaldo Gogoni 6 anos atrás
Fato: o iPad original deixou de ser o queridinho da Apple no que tange a tablets. A maçã hoje prefere vender o iPad Pro como uma solução poderosa para quem deseja utilizá-lo como uma ferramenta de produção, embora mantenha seus delírios de que ele seja poderoso o bastante para substituir qualquer PC em todas as situações (nem a Microsoft se atreve a vender o Surface dessa forma).
Assim o iPad, outrora campeão de vendas da categoria e em outros tempos referência para experiência em tablets foi posto de lado. Foram quase três anos entre o lançamento do iPad Air 2 e o modelo atual, que não só perdeu prestígio (ele deixou de ser anunciado em eventos) como não é mais vitrine de novos componentes: o modelo atual foi equipado com o Apple A9, o mesmo SoC encontrado nos iPhones 6s, 6s Plus e SE. Os processadores Apple da sub-categoria foram reservados exclusivamente para os iPads Pro, sem contam que o modelo “vanilla” conta com a metade da memória RAM (2 GB contra 4 GB).
A bem da verdade a Apple prefere oferecer o iPad original como uma alternativa para quem não quer ou não pode morrer numa grana preta com o iPad Pro, por outro lado não é mais tão interessante vendê-lo como uma ferramenta de produção e dessa forma, Cupertino o oferece como uma opção de consumo de mídia mais acessível com preços a partir de US$ 329 (por aqui, a partir de R$ 2.499). O iPad mini, que não é atualizado desde 2015 vai na mesma vibe porém só é vendido na versão com 128 GB, apenas Wi-Fi ou com 4G/LTE.
O problema dessa estratégia é que o iPad deixa de ser interessante frente a concorrentes tão ou mais poderosos, que oferecem recursos extras e preços mais em conta na maioria das vezes e de modo a não perder mais terreno (até porque todo mundo está vendendo menos tablets), a Apple estaria disposta a vender o iPad “vanilla” no esquema da baciada: segundo informações apuradas pelo DigiTimes a companhia estaria disposta a oferecer já em 2018 um modelo mais barato do tablet, que teria um preço sugerido inicial de US$ 259.
As características desse novo modelo no entanto são desconhecidas: não se sabe se a Apple pretende introduzir um novo tablet de hardware inferior e vendê-lo ao lado do iPad original ou (mais provável) atualizar a linha com especificações mais recentes pero no mucho (talvez equipando-o com o Apple A10 Fusion) e de fato brigar no preço e performance com seus principais concorrentes como Samsung, LG e correndo por fora a chinesa Xiaomi, com sua linha Mi Pad de tablets potentes com preços agressivos. Num cenário onde o iPad fosse convertido um um produto de entrada ele poderia facilmente esmagar a concorrência, desde que seu hardware não seja muito fraco e posteriormente serviria como uma vitrine para o iPad Pro, incentivando o usuário a fazer um upgrade posteriormente.
De qualquer forma, tudo isso não passa de rumores e é bom manter o pé atrás. Segundo informes a montagem do novo iPad ficará a cargo da taiwanesa Compal Electronics, que por acaso possui uma fábrica em Jundiaí; o novo iPad pode vir a ser lançado no segundo trimestre de 2018, casos as informações se confirmem.
Fonte: DigiTimes.