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Pode não ser bom para os pais mas ser Batman é ótimo para as crianças

Toda criança quer ser o Batman. Ok, todo adulto também, mas uma pesquisa descobriu que isso vai além do simples querer. Crianças que brincam de ser o Batman são mais perseverantes em tarefas do que as crianças comuns.

6 anos atrás

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Super-heróis são arquétipos, eles representam o que de melhor podemos aspirar, mesmo as versões mais cinzas, distantes do maniqueísmo de antigamente ainda são modelos dos mais altos ideais humanos. Desde criança ouvimos as histórias e nos inspiramos, seja em Batman, Super-Homem, Zorro, Zorro ou Robin Hood, Ulisses, Teseu, Hércules e todos os heróis mitológicos que surgiram e desapareceram antes de termos uma linguagem escrita para eternizá-los.

A turma que não gosta de nada e acha tudo errado adora criticar super-heróis dizendo que estimulam violência, mas em verdade crianças são muito mais inteligentes do que essa turma. Primeiro, porque lêem gibis, segundo, por se inspirarem somente no lado bom dos personagens. Qualquer criança sabe que o Batman não bate em bandido por gostar, e isso não é o foco, Batman quer acima de tudo proteger os inocentes.

Agora um estudo comprovou isso. Crianças, mesmo crianças bem pequenas entendem o Batman e ele faz com que essas crianças se esforcem mais e superem outras não tão inspiradas.

O experimento foi publicado na revista Child Development (link pro paper) com o título “O Efeito Batman: Perseverança Melhorada em Crianças Pequenas”.

O teste usou 180 crianças entre 4 e 6 anos de idade. Elas foram avaliadas para medir controle mental, habilidade de memória, empatia, e com essas variáveis definidas, pediram para que realizassem diversos testes em um computador.

No teste final eles tinham um longo e chato trabalho de ver fotos em um computador, e apertar espaço sempre que aparecesse um queijo. Foi explicado que a qualquer momento elas poderiam abandonar o teste e ir brincar com um iPad.

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A cada minuto um grupo era perguntado por uma voz como estava indo. Outro grupo era questionado na terceira pessoa. “como você acha que <o nome da criança> está se saindo?”.

O terceiro grupo foi instruído a imaginar que era Batman, Bob the Builder, Rapunzel ou Dora, e ganhavam acessórios, como a capa ou máscara do Batman, ou a mochila da Dora (aquele macaco maldito deve estar sendo dissecado no laboratório ao lado).

Esse terceiro grupo era perguntado “como Batman (ou outro personagem) está se saindo?”

Em média as crianças na faixa dos 4 anos desistiam depois de 25% do tempo percorrido. As de 6 anos ficaram até 50%.

As crianças que eram perguntadas na primeira pessoa, “como você está se saindo, você está se esforçando?” foram as que mais cedo desistiram, 35% pras de 6 anos, 20% pras de 4. As que eram questionadas na 3ª pessoa ficaram no meio, mas a surpresa veio entre as que fingiam ser Batman.

Outros personagens não influenciaram o resultado, já as crianças vestidas de Batman permaneceram na tarefa 55% do tempo entre as de 6 anos e 32% entre as de 4.

Elas sabiam que era chato, sabiam que não haveria consequência ruim, mas mesmo com quatro anos de idade elas já sabiam que Batman nunca desiste, Batman não se importa se as chances estão contra elas, Batman tem uma missão e vai cumpri-la!

Ou seja: as crianças são espertas, elas entendem o personagem em sua essência. Bom saber que o legado do Cruzado Embuçado está em boas mãos.

Fonte: Research Digest.

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