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Apple é condenada a pagar US$ 506 milhões a universidade por infração de patentes

Não teve conversa: a Apple vai ter que desembolsar US$ 506 milhões por violar patentes da Universidade de Wiscosin referentes aos processadores A7, A8 e A8X.

7 anos atrás

Desta vez o Campo de Distorção da Realidade™ falhou: a Apple não conseguiu reverter a decisão da justiça sobre a briga em que se envolveu com a Universidade de Wiscosin referente a roubo de patentes e tecnologia implementada em alguns de seus processadores, e foi condenada a pagar US$ 506 milhões de indenização.

O rolo é antigo, começou em 2014 e diz respeito a uma patente registrada pela WARF (Wisconsin Alumni Research Foundation) chamada "circuito preditor", uma técnica que melhora a eficiência dos chips ao prever que tipo de instruções serão dadas pelo usuário ao sistema. A fundação deu entrada no processo alegando que a Apple implementou o processo em seus chips A7, A8 e A8X presentes nos iPhones 5S, 6 e 6 Plus, iPads Air e Air 2 e iPads mini 2 e mini 3. Desde o início a maçã alega que não roubou tecnologia alguma, que é "sempre inovadora" e chegou a questionar o registro junto ao escritório de patentes dos Estados Unidos, tentando invalidar uma pesquisa realizada por time de pesquisadores de uma universidade. Um argumento ridículo, para dizer o mínimo.

A deliberação original do juiz em 2015 definiu que a Apple deveria pagar um montante de US$ 234 milhões à universidade, decisão que a empresa tentou reverter a todo custo mas não teve conversa; para piorar ao juiz distrital William Conley aumentou a conta, adicionando mais US$ 272 milhões à indenização original pelo fato de que a Apple continuou comercializando os referidos dispositivos até a expiração da patente, que se deu em dezembro último. É um tanto óbvio na verdade (nunca que Cupertino retiraria seus gadgets mais recentes do mercado), mas não deixa de ser um descumprimento de ordem e infração contínua de patentes.

Ainda que seja troco de pinga (análises recentes indicam que ela possui uma reserva de mais de US$ 250 bilhões), idealmente a Apple prefere não pagar nada a ninguém independente se está certa ou errada, visto que roubar tecnologia é algo que todo mundo faz: Steve Jobs fazia, Bill Gates também. A regra é "não ser pego" mas já que aconteceu, só resta à maçã pagar o que deve.

Em tempo, a WARF possui outro processo aberto similar contra a Apple, desta vez focado nos processadores A9 e A9X (que equipam os iPhones 6s e 6s Plus e o iPad Pro), mas ainda não houve um julgamento a respeito. Ou seja, Cupertino pode perder mais algumas moedinhas no futuro.

Fonte: Reuters.

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