Meio Bit » Arquivo » Mobile » Mais de 300 apps da Google Play Store usavam Androids como fazendas de cliques

Mais de 300 apps da Google Play Store usavam Androids como fazendas de cliques

Empresa de publicidade identifica mais de 300 apps presentes na Google Play Store que geravam publicidade de forma fraudulenta, transformando dispositivos Android em fazendas de cliques sem o consentimento do usuário.

7 anos atrás

google-play-store-3

A Google Play Store deveria seu o porto-seguro para os usuários de dispositivos Android, já que em tese todos os apps ali disponíveis passariam por um rigoroso controle e não ofereciam riscos. Isso no entanto nunca foi verdade, a lojinha sofre desde sempre com aplicativos falsos e maliciosos, e a empresa vira e mexe faz uma limpa para remover essas ervas daninhas. O problema é, esses apps continuam evoluindo e driblando as diretrizes da loja.

Além dos já conhecidos apps manjados que roubam dados e exibem anúncios fraudulentos e invasivos, uma nova categoria de malware vem se espalhando na Play Store, os que transformam os dispositivos em fazendas de cliques. A denúncia veio da companhia de marketing e proteção contra fraudes eZanga descobriu, através de uma solução proprietária chamada Anura que certos aplicativos do Android faziam tentativas de cliques sozinhos em anúncios, sem que o usuário saiba. A partir daí começaram a monitorar dois apps de papéis de paredes, chamados Lovely Rose e Oriental Beauty.

O resultado foi desconcertante: mantidos durante 24 horas em modo suspenso, os apps fizeram 3.061 solicitações de anúncios e geraram 161 cliques com sucesso. Segundo a eZanga pelo menos 317 apps presentes na Play Store e outros 1.300 disponíveis em outras fontes possuem um comportamento semelhante, em que criam ads e clicam neles sozinhos sem o consentimento do usuário, gerando renda aos publishers de forma fraudulenta. De acordo com seus cálculos, esses apps podem custar entre US$ 62 mil e US$ 214 mil ao anunciantes por dia (com um valor base de US$ 0,015 por clique) e podem ter causado a evasão de assombrosos US$ 6,5 bilhões só em 2017.

Detalhe, a eZanga admite que esse valor pode ser muito maior visto que o número de cliques no período real gerado pelos apps pode não ser o detectado na pesquisa. Não obstante, tais apps levam ao consumo anormal de bateria e de dados móveis dos usuários e como na prática são malwares, não há garantias de que esses aplicativos não se tornem mais agressivos no futuro e passem a coletar informações sensíveis dos aparelhos móveis em que estão instalados. Segundo a eZanga, tais apps suspeitos acumulam entre 4,1 milhões e 14,2 milhões de instalações.

A agência obviamente irá informar o Google e avisar da falcatrua, que não só deverá banir tais apps da Play Store como espera-se que ela endurecerá as diretrizes para evitar que novas aplicativos do tipo sejam submetidos. Até lá vale a dica de ouro: não instale qualquer coisa em seu Android, mesmo que seja um app aparentemente legítimo. Verifique as permissões, as notas dos usuários e quem o publicou e na dúvida, fique longe.

Fonte: Android Authority.

relacionados


Comentários