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Ayreon — The Source

The Source é o 15º álbum do projeto Ayreon e nos brinda com um ótimo disco de Metal Progressivo e uma história digna das melhores ficções científicas.

7 anos atrás

O legal do Heavy Metal é que o estilo é tão vasto que sempre é possível encontrar uma banda que você nunca ouviu ou que está começando agora e já mostra um incrível trabalho. O que compete a você é pesquisar e encontrar essas bandas. Quando a internet não existia esse trabalho era feito nas lojas de CD e nas revistas impressas especializadas no assunto. Atualmente nos resta pesquisar nos sites especializados e indicações de amigos. Esse álbum do Ayreon recebeu uma chance de ser ouvido lá em casa por conta da belíssima capa (sim, eu já comprei muito CD por conta da capa. Algumas vezes dei sorte, em outras nem tanto).

O Ayreon não é uma banda nova. Na verdade, não é bem uma banda. O Ayreon é um dos projetos musicais do multi-instrumentista holandês Arjen Anthony Lucassen. Ele está na estrada com o Ayreon desde 1995 e já lançou 15 discos. E qual o estilo? Heavy Metal Progressivo. Na verdade, cada disco é uma ópera rock com várias participações especiais. Todos os discos, em maior ou menor grau, contam histórias dentro do mesmo universo ficcional que foi construído como uma imensa ficção científica com dezenas de ramificações.

The Source, lançado agora em 2017, já é candidato a ser considerado o melhor disco do ano. Embora nunca tenha ouvido a banda (exceto em algumas coletâneas antigas) essa produção falou alto para mim. Todas as músicas são bem construídas, bem compostas, possuem o refrão grudento característico do estilo e, embora o disco tenha quase 90 minutos de duração, parece que acaba muito rápido. Outras características são as harmonias complexas, os instrumentos clássicos e as diversas participações especiais.

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O disco é organizado para que cada vocalista interprete um personagem na história (coisa que já vimos em vários projetos) e encontramos em The Source gente como James LaBrie (Dream Theater), Tommy Karevik (Kamelot), Simone Simons (Epica), Tobias Sammet (Edguy, Avantasia), Hansi Kürsch (Blind Guardian), Russell Allen (Symphony X, Adrenaline Mob), Floor Jansen (Nightwish) e Zaher Zorgati (Myrath). Só o fato de conseguir unir toda essa gente já é uma prova da qualidade do projeto. Fecham a banda Arjen Lucassen (guitarra, baixo, teclados e sintetizadores), Ed Warby (bateria), Joost van den Broek (piano), Ben Mathot (violino), Maaike Peterse (violoncelo) e Jeroen Goossens (instrumentos de sopro).

Na história contada, no planeta Alfa, a humanidade se vê cada vez mais dependente de máquinas e enfrenta problemas como o efeito estufa. Eventualmente, o presidente (Russell Allen) recorre ao complexo de máquinas que mantém o planeta funcionando (Frame) para que elas solucionem os problemas que afetam o mundo. Elas determinam que o problema reside na própria humanidade e decidem desligar os sistemas vitais para deixar todos morrerem.

Tarefa ingrata escolher as melhores músicas do disco, mas podemos citar The Day That the World Breaks Down (com a participação de quase todos os vocalistas convidados)Sea of Machines (cativante e com um refrão grudento)Star of Sirrah (típico metal progressivo)Run! Apocalypse! Run! (um pouco mais rápida)The Dream Dissolves (para mim a melhor do disco)Into the Ocean (um rock quase clássico).

Infelizmente o disco não foi lançado oficialmente no Brasil, o que faz com que seu valor seja um pouco salgado. É possível encontrar as versões com CD duplo e DVD no Mercado Livre por R$ 160,00.


Arjen Anthony Lucassen — Ayreon - Run! Apocalypse! Run! (Official Lyric Video) The Source 2017

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