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Windows 10 S é a resposta da Microsoft ao Chrome OS

Microsoft apresenta o Windows 10 S, versão do SO que só roda apps da Windows Store voltada para o mercado educacional; meta é bater de frente com o Chrome OS e os Chromebooks.

7 anos atrás

Ninguém nega que o Surface é uma senhora máquina, um Book deixa muito PC parrudo no chinelo e o Studio é um sonho de consumo de 11 em cada dez profissionais da área, mas tais soluções miram longe e alto, naqueles que tem dinheiro para pagar por produtos de ponta. Mas e o usuário comum ou melhor, os estudantes?

A Microsoft provavelmente viu o crescimento exponencial dos Chromebooks e consequentemente do Chrome OS, que nos EUA hoje são mais usados na sala de aula do que o iPad e decidiu que poderia fazer algo semelhante: oferecer um produto barato e de qualidade com um software leve e compatível com suas próprias soluções. Esse é o Windows 10 S, apresentado hoje em evento educacional em Nova Iorque.

Os rumores entorno do 10 S, conhecido anteriormente como Cloud Shell circulam há algum tempo. Essa versão do sistema operacional é totalmente voltada para dispositivos mais baratos e acessíveis, em especial para estudantes e por isso mesmo não é compatível com aplicativos Win32 e nem mesmo os emula como a dita futura versão para processadores ARM. Ele é uma evolução do antigo Windows RT, que apenas roda apps UWP distribuídos pela Windows Store e tão somente.

Claro que você deve pensar "o RT já não deu certo, o que faz a Microsoft acreditar que será diferente?" A questão é que em primeiro lugar Redmond não pretende comercializar apenas o software. Quem possui um desktop continuará com as edições Home e Pro do Windows 10, mas quem tiver interesse em um dispositivo barato apenas para funções simples (internet, redes sociais, Office, etc.) ficará contente com um dispositivo mais acessível e igualmente capaz, sem uma série de softwares desnecessários e pesados.

O  ponto é que a Microsoft entendeu que o mercado de PCs está mudando, e nem todo mundo está disposto a montar um PC ou ter uma máquina mais cara para fazer coisas do dia a dia, seja um ultrabook ou um novo iPad (o mais barato começa em US$ 329, ainda salgado para muita gente). Claro, quem comprar um notebook com o 10 S poderá migrar para o Pro normalmente comprando a licença, e a Microsoft oferecerá as mesmas para escolas por US$ 50 cada.

A Microsoft também demonstrou que o Windows 10 S será a versão mais veloz e estável do SO, consumindo apenas 15 segundos entre ligar e carregar a Área de Trabalho; da mesma forma escolas poderão configurar várias máquinas com apenas uma chave, utilizando um pendrive para isso.

Quanto vai custar essa brincadeira? A Microsoft fechou parcerias com diversos fabricantes, tais como ASUS, Acer, Dell, Samsung, HP, Fujitsu e Toshiba e os dispositivos começarão a ser vendidos nos Estados Unidos já no verão do hemisfério norte a partir de US$ 189 para escolas (a Microsoft por enquanto nada diz sobre vendê-los para o consumidor final), um valor bastante competitivo se colocados lado a lado com os Chromebooks; em favor de Redmond cada cópia do sistema virá com uma assinatura gratuita de Minecraft: Education Edition, o que pode ajudar muito em convencer as instituições a preferirem os seus produtos: o game da Mojang é uma excelente plataforma de aprendizado.

A diferença é que como o 10 S não roda apps Win32 a vantagem de ser um Windows meio que é anulada, e Redmond terá muito trabalho para convencer os consumidores de que sua solução é melhor que os já estabelecidos dispositivos com o Chrome OS.

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