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Fotografia noturna com celular? O Google diz que é possível

O que um celular pode fazer em fotografia noturna? Veja nessa pequena experiência realizada pelo laboratório de fotografia computacional do Google.

7 anos atrás

A lua acima de San Francisco, feita com Google Nexus 6P

Smartphones, quem diria que se tornariam um equipamento decente para a captura de imagens. Se vocês procurarem meus textos de alguns anos atrás vão notar que eu não botava fé nisso. Dizia que um celular nunca iria substituir uma câmera fotográfica normal e, hoje, eles simplesmente sepultaram a indústria de câmeras compactas e estão avançando para outros níveis. Sim, ainda possuem algumas deficiências. Em alguns modelos o tempo de resposta é alto e, principalmente, existe um grande problema com fotografias em condição de baixa iluminação.

Porém, o futuro pode ser muito promissor quando pensamos em fotografia noturna. No ano passado, em uma noite de lua cheia, Florian Kainz, engenheiro de software do Google, fez uma foto da ponte Golden Gate e da Cidade de São Francisco ao fundo com equipamento profissional: uma Canon EOS-1D X e uma lente Zeiss Otus 28mm F1.4 ZE. A foto, mostrada abaixo, ficou muito legal.

Uma vista da ponte de porta dourada dos promontórios de Marin, tomada com uma câmera de DSLR (Canon 1DX, Zeus Otus 28mm f / 1.4 ZE).

Orgulhoso de sua imagem, Kainz mostrou a foto para seus companheiros de trabalho no Google Gcam (pessoal concentrado no desenvolvimento da fotografia computacional) e a galera decidiu fazer um desafio para o engenheiro: realizar o mesmo tipo de fotografia, só que agora utilizando um smartphone como equipamento. Kainz aceitou o desafio e se colocou a desenvolver as soluções necessárias. Para tanto ele decidiu levar a câmera do celular ao máximo de seu desempenho.

Farol de Point Reyes à noite, fotografado com Google Nexus 6P

Ele escreveu um aplicativo para android que daria controle total sobre velocidade do obturador, ISO e ponto de foco. Esse mesmo aplicativo, quando o botão disparador da câmera é acionado, dispara até 64 imagens que são salvas em DNG RAW. Ele utilizou um Nexus 6P com velocidade de obturador em 2 segundos e ISO alto. Em conjunto uma série de fotos com quadro preto (tampando a lente com fita opaca) foram feitas para conseguir uma mesclagem com o céu preto sem ruído. Foram 32 quadros de foto e 32 quadros com fundo preto. Claro que as fotos resultantes tinham muito ruido, mas tudo foi mesclado e balanceado posteriormente utilizando o photoshop. E o resultado foi impressionante.

Barco de pesca naufragado em Inverness e na Ursa Maior, 64 exposições de 2 segundos, filmadas com o Google Pixel

Cada foto tem de 9 a 10 megapixels, mas possuem nitidez e cor impressionantes. Mesmo que uma das etapas (a do processamento final) seja feita externamente, é uma prova do que é possível fazer com o sensor minúsculo de um celular. A capacidade de processamento dos smartphones está crescendo e em um futuro próximo a etapa final de mesclagem das imagens será feita inteiramente dentro do aparelho. Uma possibilidade impressionante. No blog do Google (link na fonte) é possível ver uma explicação mais detalhada e ter acesso às imagens em resolução máxima.

Fonte: Google Research Blog.

 

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