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Autor do The Witcher lamenta maneira como licenciou a franquia

De acordo com Andrzej Sapkowski, ter duvidado do sucesso que a série The Witcher poderia alcançar nos games fez com que hoje ele não receba um centavo de royalties pelas cópias vendidas pela CD Projekt Red.

7 anos atrás

Embora seja considerada pelos poloneses um patrimônio da cultura local, a série de livros Wiedźmin só ganhou reconhecimento mundial após o lançamento do jogo The Witcher. Porém, mesmo com essa ajuda dada pelos videogames, o autor Andrzej Sapkowski revelou que a maneira como ele negociou sua propriedade intelectual não foi financeiramente vantajosa.

O motivo da decepção estaria no fato de Sapkowski não receber royalties por cada cópia vendida dos jogos criados pela CD Projekt RED, o que não quer dizer que a desenvolvedora tenha enganado o polonês, mas sim porque ele não acreditava no sucesso da adaptação.

Fui estúpido o suficiente para lhes vender os direitos como um todo. Eles me ofereceram uma porcentagem de seus lucros. Eu disse, ‘Não, não haverá lucro algum — me dê todo o dinheiro agora! A quantia toda.’ Aquilo foi uma estupidez. Fui estúpido o suficiente a ponto de deixar tudo nas mãos deles porque não acreditei em seu sucesso. Mas quem poderia prever esse sucesso? Eu não pude.

Ainda de acordo com Sapkowski, a única coisa que ele queria na época era uma bela quantia em dinheiro, pedido que a CD Projekt atendeu prontamente, mas ao invés de agora praguejar contra os donos da desenvolvedora, ele admite que o trabalho realizado pelos caras foi de alto nível e que por isso eles merecem tudo o que conquistaram.

Mas como eu disse no início do texto, devido ao sucesso que os jogos alcançaram, acredito que de uma forma ou outra o autor tenha conseguido lucrar alguma coisa, já que hoje os livros podem ser encontrados até por aqui e se não fosse o trabalho espetacular que a CD Projekt realizou ao longo dos anos, as história de Geralt provavelmente venderiam apenas uma ou outra cópia fora da Polônia.

Tudo bem, se Andrzej Sapkowski tivesse acreditado no potencial da mídia e na capacidade do estúdio polonês, hoje ele poderia estar com os bolsos muito mais cheios de dinheiro, mas tenho certeza que ele não tem achado ruim as pessoas reconhecerem seu nome em qualquer canto do planeta, mesmo que isso aconteça principalmente por causa de “um mero joguinho”.

É, para quem um dia apontou o dedo para os games e disse que eles não passavam de brinquedos para crianças grandes, imagino que um caso como este sirva como um belo tapa na cara.

Fonte: Eurogamer.

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