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O garoto que realizou o sonho de trabalhar na Nintendo

Após ver o nome de uma ocidental nos créditos do The Legend of Zelda: Breath of the Wild, um jogador descobriu que o jogo pode ser considerado a realização do sonho de um garoto que sempre sonhou em trabalhar na Nintendo.

7 anos atrás

A maioria das pessoas não costuma dar muita atenção aos créditos dos filmes ou jogos, mas enquanto conferia aqueles que ajudaram a criar o The Legend of Zelda: Breath of the Wild, teve um nome que chamou a atenção de um usuário do Reddit. O motivo foi que, entre tantos japoneses na equipe, havia um ocidental creditado no game e o jogador resolveu tentar descobrir quem era aquele tal de Corey Bunnell.

Após alguma pesquisa, Tizzlefix encontrou uma postagem feita pelo sujeito em 2007 no fórum TranslatorsCafe, onde ele comentava que estava terminando o colegial e pedia conselhos sobre como ir morar no Japão para realizar um sonho de criança. Veja o que ele disse:

Meu sonho é viver no Japão e trabalhar para a Nintendo como um game designer. Percebi que este é um objetivo bem grande, mas tem sido meu sonho desde que joguei Mario. Preciso de ajuda pra descobrir como atingir esse objetivo. Sei que precisarei ir para algum tipo de escola de game design e também elevar o meu japonês a um nível em que eu possa falar e escrever profissionalmente.

Pois de acordo com o site Polygon, os planos de Bunnell saíram da maneira como ele idealizou. Um amigo teria confirmado que é mesmo ele quem aparece nos créditos do jogo, tendo atuado como um programador de vida selvagem e se olharmos esta página, podemos ver que desde 2014 o rapaz está trabalhando na divisão japonesa da Nintendo, isso depois de ter estudado na Ritsumeikan University.

Eu não quero transformar o caso do rapaz em um show de pieguice, mas é inevitável não deixar de comentar sobre o quão inspiradora é a força de vontade demonstrada por ele. Imagine mudar para um país que fala uma língua muito diferente da sua, estudar numa universidade de lá e batalhar por quase 10 anos “apenas” para realizar um sonho que teve quando era um moleque.

Entendo perfeitamente o que deve passar hoje pela cabeça de Corey Bunnell, pois guardadas as devidas proporções, eu costumo conviver quase que diariamente com esse sentimento. Digo isso pois quando era criança eu lia as revistas de games e pensava que adoraria poder escrever numa delas, de alguma forma poder ganhar a vida com algo que gosto tanto. Graças ao meu trabalho por aqui, hoje conheço muitas das pessoas que participaram da aurora do jornalismo gamer no Brasil e tive até a oportunidade de trocar algumas palavras com profissionais que sempre admirei, como por exemplo Éric Chahi.

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