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Qualcomm promove marca Snapdragon de SoC para plataforma computacional

Snapdragon agora é uma plataforma abrangendo toda tecnologia da Qualcomm para chips mais premium; o novo Qualcomm 205 já não faz parte da família.

7 anos atrás

Em 2008 a Qualcomm teve uma ideia muito inteligente para promover seu produtos: ao invés de se referir a seus processadores móveis por números ou códigos complicados ela criou a marca Snapdragon, facilmente reconhecível e muito melhor assimilável não só pela imprensa especializada como pelo público geral. Os usuários passaram a reconhecer para qual mercado cada família de chips é destinada: a série 800 é o topo de linha; a 200, chips reservados a dispositivos de entrada; 400 e 600, para smartphones intermediários e outros equipamentos como TVs e Internet das Coisas.

A Qualcomm com o passar dos anos se tornou sinônimo de tecnologias móveis (embora tenham ocorrido alguns episódios controversos) e de acordo com a visão da companhia, a marca Snapdragon não deveria por conta disso ligada apenas a uma linha de SoCs. A bem da verdade ela não responde apenas por smartphones e por causa disso, ela está sendo promovida a uma plataforma computacional que abrangerá toda e qualquer tecnologia contida em seus chips.

Coloquemos da seguinte forma: a Snapdragon Mobile Platform abrangerá todas as soluções de software e hardware contidas em seus SoCs como o padrão de recarga rápida Quick Charge, sua tecnologia de Wi-Fi 802.11ac e 11ad, o DSP Hexagon, o ISP Spectra, a CPU Kryo, a GPU Adreno, sua tecnologia de reconhecimento de toques Improvetouch e por aí vai.

Isso significa que apenas os SoCs mais premium da Qualcomm serão incluídos dentro da plataforma Snapdragon, como o novo 835. Já a linha 200, que não conta com uma série dessas características foi derrubada e passará a se chamar apenas "Qualcomm Mobile Platform". E ela já possui seu primeiro representante no Qualcomm 205, apresentado hoje.

Direcionado para dispositivos verdadeiramente de entrada, o novo chip conta com uma CPU dual-core de 1,1 GHz e GPU Adreno 304 com suporte apenas a vídeos de 480p, além de um ISP limitado a câmeras de 3 megapixels. Ele possui conectividade 4G/LTE Cat 4 com velocidade teórica de 150 Mb/s de download e 50 Mb/s de upload, suporte a Dual-SIM , Wi-Fi 802.11n, Bluetooth 4.1, VoLTE e Voice over Wi-Fi.

A Qualcomm diz que o 205 dará suporte a plataformas Linux mas não se limitará ao Android, posicionando-o como uma solução para mercados emergentes como celulares baratinhos na América Latina e Ásia, com foco na Índia. Segundo a fabricante, um celular (atente-se ao termo) com bateria de 2.000 mAh equipado com um 205 teria um autonomia de 20 horas de ligações, 86 horas de reprodução de música e 45 dias em standby.

Claro, o objetivo é também dissociar a marca Snapdragon de processadores inferiores de menor performance, portanto a partir de agora apenas os dispositivos mais quistos contarão com chips da agora nova plataforma. Já os Androids pé-de-boi ficarão com uma linha inferior, ainda que razoavelmente capaz.

Fonte: Qualcomm.

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