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Miyamoto, liberdade e as árvores do Zelda: Breath of the Wild

Diretor do The Legend of Zelda: Breath of the Wild revela o inusitado comportamento de Shigeru Miyamoto quando este testou o jogo pela primeira vez e história reforça o quão brilhante é a liberdade oferecida pelo título.

7 anos atrás

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As pessoas podem falar da direção artística, da mecânica que inovou em vários aspectos, do desafio superior a o que jamais havíamos visto na série ou até mesmo da enorme atenção aos pequenos detalhes, mas na minha opinião, a principal qualidade do The Legend of Zelda: Breath of the Wild é a liberdade que o jogo nos proporciona. Conversando com quem está jogado essa obra de arte, podemos perceber como eles estão encarando a aventura de maneiras diferentes e o simples fato de ir para onde quero já tem sido o suficiente para me deixar encantando com o jogo.

Entretanto, quando se trata de maneiras diferentes de encarar esse novo Zelda, acho que ninguém o fez de forma tão… bizarra, quanto Shigeru Miyamoto. Quando o diretor Hidemaro Fujibayashi mostrou uma versão preliminar do Breath of the Wild ao criador da franquia, o lendário game designer surpreendeu a equipe com uma atitude inusitada.

Quando apresentamos ele ao Sr. Miyamoto, ele passou cerca de uma hora apenas escalando árvores. Deixamos algumas iguarias como Rupees nas árvores, mas também deixamos outras coisas em outros lugares que achamos que ele iria. Mas ele apenas continuava subindo nas árvores. E então chegamos ao ponto em que, ‘você gostaria de ver outras coisas?’ Mas continuava fazendo aquilo. Assim que ele saiu da Shrine of Resurrection, passou uma hora em um raio de apenas 25-50 metros fora da caverna apenas subindo nas árvores.

Como a apresentação do jogo foi feita também para o produtor Eiji Aonuma, o diretor estava bastante nervoso pois sabia que precisava vender a ideia à dupla e uma das maneiras encontrada por ele foi dizendo que o personagem poderia escalar paredes. Porém, o que Fujibayashi não imaginava era que o criador do Mario gostaria tanto da ideia de poder escalar também as árvores.

Pois acredito que mesmo sendo um pouco estranho, esse comportamento de Shigeru Miyamoto serve para ilustrar a maneira como o jogo funciona como uma enorme (e põe enorme nisso!) caixa de brinquedos, nos deixando explorá-lo da maneira que quisermos e sendo capaz de entregar uma experiência diferente para cada pessoa.

Por tudo isso não chega a ser uma grande surpresa o The Legend of Zelda: Breath of the Wild estar sendo tão elogiado e se existia alguma dúvida de que ele poderia ser considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, agora sabemos que nunca um título recebeu tantas notas máximas em análises quanto ele, chegando a 43.

Fonte: IGN.

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