Carlos Cardoso 7 anos atrás
Que o Facebook brinca com nossos dados não é novidade, inclusive vendendo para anunciantes idiotas que descobrem que a gente comprou uma geladeira então passam o dia inteiro oferecendo outra, mas a pesquisa do sitezinho do Mark vai muito além disso.
Eles brincam também com Deep Learning, inteligência artificial e outras mumunhas. Entre elas, reconhecimento de imagem. Nossas fotos são usadas como base de treinamento de uma rede neural criada pelo departamento de Inteligência Artificial do Facebook.
O objetivo vai muito além de reconhecimento facial, querem entender as imagens como um todo, seus componentes, o quê e onde é a cena representada. Por enquanto já conseguem resultados bem interessantes, mas a gente não vê, são usados para indexação e ficam quietinhos como valores do elemento ALT no agatemelê da página.
As tags aparecem assim graças a uma extensãozinha do Chrome que um sujeito chamado Adam Geitgey escreveu, só para testar o serviço. A instalação é bem símples:
Primeiro você visita o site da extensão no GitHub. Baixa uma cópia para sua máquina.
Em seguida é só abrir a página chrome://extensions
, ativar o módulo de desenvolvedor e clicar em “carregar Extensão…” achar o diretório onde você descompactou o arquivo, e pronto.
Feito isso basta visitar o Facebook e ver suas fotos, a caixinha com as tags deve aparecer na maioria delas. Fiz um teste com imagens totalmente aleatórias recolhidas de forma randômica do Google Images e enviadas para o Facebook:
Conforme demonstrado, funciona muito bem. O que é assustador. 20 anos atrás todos os computadores do mundo não seriam capazes de algo assim. Examinar uma foto e determinar que nela há uma pessoa, diferenciar uma piscina de uma praia, isso era ficção científica.
A tecnologia de Deep Learning vai mudar o mundo, mais do que qualquer outra desde a domesticação da eletricidade. E o melhor de tudo: a gente não precisa saber exatamente como as coisas funcionam, só que funcionam.