Carlos Cardoso 7 anos atrás
Nosso indiano favorito já deixou bem claro que seu foco é o mercado corporate, isso significa que suas decisões são muitas vezes estranhas para nós meros consumidores. O Surface Hub foi uma delas. Um PC de Parede, com tela de 84 polegadas no modelo maior, concentrando toda a tecnologia touch, colaborativa e Office que eles possuíam.
Microsoft Surface Hub - Unlock the power of the group
O negócio é bem legal, mas será que o Quadro Branco Glorificado atrairia assim o mercado corporate, notório desconfiado de novas tecnologias? O preço era meio complicado. US$ 6.999,00 pela versão de 55 polegadas e poderosos US$ 19.999,00 pela de 84 polegadas.
Satya não quis saber. Pior ainda, decidiu que era melhor atrasar do que entregar produto pela metade. De setembro de 2015 o lançamento foi adiado para janeiro de 2016, e se não gostou, chora mais. Os preços ficaram US$ 2 mil mais caros. US$ 8.999,00 e US$ 21.999,00 para ser exato.
Resultado?
A estimativa da mídia especializada, de que as empresas comprariam um ou dois para experimentar foi mais furada que previsão de eleições nos EUA.
A média de aparelhos é de 50 por comprador. Em termos de clientes a Microsoft já vendeu o Surface Hub para mais de 2.000 empresas. Uma empresa automobilística comprou 1.500 unidades. Mesmo do mais barato isso dá US$ 13.498.500,00. É troco de pinga pra Microsoft, mas é um produto de nicho, que não deveria vender tão bem.
O motivo do sucesso? Segundo uma pesquisa encomendada pela Microsoft, é mais simples e prático que um projetor: as pessoas interagem mais em vez de ficarem sentadas vendo slides, e economizam entre 15 e 23 minutos por reunião.
23 minutos economizados por reunião em uma empresa com 1.500 Surface Hubs é algo que provavelmente paga o custo de implantação em um dia.
Ou seja: a gente pode até não gostar do que ele está fazendo mas o Satya sabe o que faz.
Fonte: Ars Technica.