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Um ano depois, YouTube Red conta com apenas 1,5 milhão de assinantes

Passado um ano, YouTube Red conquista apenas 1,5 milhão de assinantes; também pudera, o serviço está disponível em só quatro países.

7 anos atrás

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E parece que o gás do YouTube Red está acabando. Um ano atrás o Google lançou o serviço pago de sua plataforma de vídeos tanto como uma alternativa para quem não deseja encarar ads, como uma fonte de renda extra para um serviço que mal se paga. Ao mesmo tempo ele fornece conteúdo exclusivo de YouTubers consagrados e em última análise, representaria uma fonte adicional de capital para os provedores de conteúdo.

Só que o tempo e o serviço não só não recebeu nenhuma injeção significativa de novidades de lá para cá como conseguiu amealhar pífios 1,5 milhão de assinantes.

A ideia do YouTube Red em si não é tão ruim assim. Por US$ 9,99/mês o usuário não só se livraria de vez dos ads como teria acesso a um acervo exclusivo de atrações através do Red Originals, que conta com YouTubers e canais como Felix “PewDiePie” Kjellberg, CollegeHumor e Fullscreen, bem como a possibilidade de se ouvir áudio com a tela desligada e execução de vídeos offline (algo que deixou de ser exclusivo do serviço com o lançamento do YouTube Go, voltado no entanto a quem tem conexões precárias; tanto que ele está disponível inicialmente apenas na Índia e será levado inicialmente a países em desenvolvimento; o app principal já permitia usuários da Índia, Filipinas e Indonésia a fazerem o download das atrações há algum tempo).

Só que de lá para cá o Google não demonstrou interesse em expandir seu serviço pago, visto que até agora ele só permanece disponível nos quatro países em que foi incialmente lançado: Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e México.

Isso fez com que o YouTube tivesse um alcance pífio, em um ano ele só conseguiu conquistar 1,5 milhão de usuários. Para se ter uma ideia a plataforma conta com uma média de um bilhão de usuários por mês, ou seja apenas 1,5% da base instalada aderiu ao programa, ainda que nem todos tenham acesso. Em comparação o Tidal cresceu em um ano mais rapidamente, alcançando 2,1 milhões de assinantes. O Google afirma que o Red cresceu no período mais rapidamente que concorrentes locais como o Sling TV e CBS All Access (este último serviço exibirá Star Trek: Discovery em janeiro), mas a verdade é que o YouTube, ao contrário do que afirma não está se esforçando em promover o serviço.

Para piorar ainda mais a situação dois terços dos assinantes (1 milhão de usuários) fazem uso da oferta de uso por um tempo limitado gratuitamente, oferecida a quem adquire smartphones Pixel ou Nexus (que oferecem três meses) ou o Google Home (seis meses), que chega às lojas amanhã.

O YouTube Red não é de todo ruim. Criadores de conteúdo, segundo o Google que aderiram ao programa Originals tiveram um aumento de visualizações de seus vídeos em média de 75%, o que representa um repasse mais significativo de grana. Embora o YouTube divida o valor das assinaturas com os parceiros, ele o faz baseado em quanto tempo os usuários passam assistindo as produções exclusivas em comparação às outras; ou seja o valor flutua e é como esperado arbitrado pelo Google.

Claro que as regras do jogo geraram controvérsia: no início diversos produtores de conteúdo, PewDiePie incluso (que defendeu a existência do Red como resposta a quem usa bloqueadores de ads) não viam a possibilidade de perder dinheiro com bons olhos. Isso acabou por gerar repulsa e a adesão de criadores não foi tão grande quanto poderia ser nos países em que o programa está disponível.

E o futuro? O Google afirma que “está comprometido” com o YouTube Red, e se isso é verdade passou da hora do serviço ser liberado em mais países e oferecer mais conteúdo original mesmo aonde já está instalado. Só assim para conquistar mais público e deixar de dar ponto de audiência.

Fonte: The Verge.

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