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Finja surpresa: vendas fracas do G5 levam à nova reestruturação da LG

G5 novamente não atende às expectativas da LG e divisão mobile passa por nova reestruturação, desta vez com dispensa de executivos.

8 anos atrás

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A divisão mobile da LG já viveu dias melhores. De 2013 para cá a companhia sul-coreana não consegue emplacar seus smartphones de ponta no mercado, embora introduza excelentes tecnologias a linha leva uma surra atrás da outra de outros fabricantes de Androids, como Samsung e Lenovo. E nem estou colocando a Apple na conta desta vez.

Esperava-se que o G5, seu mais recente smartphone high-end recuperasse o prestígio da linha e ajudasse a tirar a LG do buraco, visto que ela já esta reestruturando o setor remanejando funcionários para departamentos onde serão mais eficientes. Bem, adivinhe o que aconteceu.

Sem muita surpresa, o G5 não está agradando. A decisão da LG de vendê-lo capado em mercados como o nosso, fora o desinteresse do público em pagar caro nos módulos por já possuírem soluções melhores (câmeras dedicadas, power banks, sistemas de som de verdade), entre outras coisas (em termos de Android o Galaxy S7/S7 Edge é bem mais atraente) estão minando as vendas do dispositivo. Segundo analistas os números atingidos pelo G5 são muito fracos e estão em franca queda, algo muito similar ao que aconteceu com o G4 em 2015. O V10, o smartphone com duas telas “super-premium” que foi prometido como uma solução para tal problema vendeu tão ridiculamente pouco que os planos para o G5 tiveram que ser apressados, acabando com ele sendo anunciado durante a MWC 2016.

Só que de nada adiantou. O G5 está indo muito mal das pernas e a LG não está fazendo dinheiro, logo não há muito o que fazer senão mexer profundamente na divisão mobile, que não dá uma dentro. Entretanto, se os funcionários mais promissores já estão sendo remanejados o que mais resta fazer?

Simples, mexer na cadeia de comando. A LG anunciou na semana passada a criação do Departamento de Gerenciamento de Programas (Programa Manegement Office, ou simplesmente PMO), que ficará a cargo dos próximos passos que a divisão mobile dará. Ou melhor dizendo, estão passando por um processo de auditoria administrativa. O departamento tem poder de decisão sobre todos os aspectos envolvendo desenvolvimento, manufatura, marketing e vendas, logo a divisão mobile não dará mais nenhum passo sem que a PMO (capitaneada pelo ex-chefe do laboratório de pesquisas da divisão Oh Hyung-hoon, apoiada pelo VP da unidade Ha Jeong-wook e supervisionada pelo próprio CEO da LG Juno Cho) autorize.

Completando, um número não informado de executivos recebeu um rasante do passaralho e a divisão de negócios da LG no exterior passará a exercer maior influência na divisão mobile. Tudo para "agitar as coisas" de modo a começarem a pensar em novas estratégias para o desenvolvimento de produtos que sejam realmente competitivos.

Não há muito o que a LG possa fazer para vender mais. Todas as outras alternativas falharam e se a divisão mobile não acerta uma, é hora de dar uma sacudida nela de modo a forçá-la a entrar na linha. O fato da divisão do exterior ter mais participação poderá ajudar os técnicos a terem uma visão mais global de mercado, alinhando os dispositivos futuros à realidade fora da Pior Coreia. De qualquer forma, se essa empreitada não der certo a LG pode acabar com uma divisão nas mãos sangrando tresloucadamente, como a Sony Mobile.

Fonte: Korea Times.

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