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Fotografando os mundos virtuais

Você já reparou que os games podem ser ótimas também para tirarmos fotografias? Pois saiba que existe um bom número de pessoas que passam boa parte do tempo apenas procurando a imagem ideal nos mundos virtuais.

8 anos atrás

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Graças a aulas na faculdade eu descobri que adorava fotografia e embora por pura preguiça eu nunca tenha me aprofundado no assunto, ainda tenho esperança de que um dia poderei me considerar um fotógrafo (mesmo que um amador).

Algo que também demorei bastante a perceber é que além de uma forma de entretenimento os jogos eletrônicos podem ser uma ótima maneira de registrarmos algumas imagens muito bonitas e por mais surreal que isso possa parecer, existe um grande número de pessoas que passam o tempo nos mundos virtuais oferecidos pelos games apenas a procura de fotos bacanas.

Pessoas como Karl "Illsnapmatix" Smith, um sujeito que se tornou um fotojornalista no Grand Theft Auto V e que além de publicar no seu site as belíssimas imagens que captura no jogo, também costuma realizar entrevistas com outros jogadores que se dedicam ao mesmo hobby.

Por sinal, os jogos de mundo aberto costumam ser os melhores para esse tipo de registro, muito devido a vasto mundo a ser explorado, a aleatoriedade dos acontecimentos e o comportamento imprevisível dos personagens controlados pelo computador, o que por muito tempo me fez até pensar em começar a jogar um MMORPG apenas com o intuito de tirar fotos dos cenários.

Enfim, percebendo que as pessoas adoravam guardar fotos de alguns momentos que vivenciavam nos games, algumas empresas começaram a incluir em suas criações ferramentas específicas para isso, o que pode ser visto por exemplo em jogos como o Euro Truck Simulator 2, Middle-earth: Shadow of Mordor e Uncharted: The Nathan Drake Collection, com a vantagem de que neles podemos parar a ação a qualquer momento, utilizar efeitos e mover a câmera para a posição que acharmos melhor.

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Star Wars Battlefront, por Leo Sang.

Na minha opinião, esse recurso deveria estar presente num número maior de títulos, já que além de facilitar muito a vida dos fotógrafos virtuais ainda serve como uma ótima forma das empresas divulgarem suas obras, lição que o estúdio Campo Santo parece ter aprendido e até aperfeiçoado ao nos permitir comprar cópias impressas das fotos que tiramos na sua criação, o jogo Firewatch.

Na verdade, eu já me daria por satisfeito se as desenvolvedoras nos dessem a opção de esconder o HUD dos jogos, algo que a From Software fez no Dark Souls III e que me ajudou bastante a garantir imagens melhores durante a jogatina, já que sem toda aquela poluição visual típica dos games me senti incentivado a fotografar os belos cenários por onde passei.

Por falar nisso, o Steam tem sido o lugar onde guardo as fotos que tiro enquanto jogo e embora nem de longe eu tenha a capacidade artística de pessoas como Duncan Harris ou Leo Sang, posso dizer que me orgulho da galeria que mantenho no serviço da Valve e sou muito grato por eles nos darem esse espaço.

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Pode ser que um dia eu decida me dedicar mais à essa prática, não me limitando as amarras impostas pelas câmeras oferecidas pelas desenvolvedoras e buscando novas formas para tirar fotografias mais “limpas”. Se isso acontecer, a criação de um site ou galeria virtual seria uma ótima ideia, mas por enquanto continuarei compartilhando alguns registros lá mesmo no Steam e torcendo para que mais títulos adotem o Photo Mode.

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