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Oculus Rift chega em março por 600 dólares

Versão final do Oculus Rift entra em pré-venda e apesar do alto preço (US$ 599) se esgota em 14 minutos; Palmer Luckey tenta explicar o porquê do valor

8 anos atrás

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Muito se especulou sobre quanto o Oculus Rift, o primeiro dos headsets da nova onda da realidade virtual custaria ao consumidor final, considerando que após a startup ter sido comprada pelo Facebook, mesmo com plano de longo prazo a meta seria empurrá-lo para o maior número de usuários da rede social, o vendendo como algo mais do que um simples acessório para jogos.

Pois bem: ontem a versão consumer entrou em pré-venda e o preço, fixado em US$ 599,99 desagradou muita gente.

As coisas mudaram muito em três anos. Em 2013, o CEO da Oculus Palmer Luckey deu uma entrevista à AllThingsD dizendo que seu o acessório fosse vendido à US$ 600, a maioria dos consumidores (na sua então concepção, gamers) não pagariam por ele, independente de quão bom e potente o headset fosse. Mas isso foi bem antes de Mark Zuckerberg ter pago US$ 2 bilhões pela startup e mudar os planos, desejando que o acessório seja o mais apelativo possível para os usuários de sua rede social, ao mesmo tempo em que os engenheiros trabalham em novas formas de uso que o estão distanciando de um mero periférico para joguinhos.

Resumindo a história, todo mundo viu a hagada que a Microsoft fez com o Kinect. Um acessório de ponta, com sensores especializados vendido a preço de banana que a comunidade científica e modders em geral adoraram e piraram em cima, mas os gamers odiaram por ter sido subaproveitado em seu sentido original. Por isso que o Hololens, o projeto-mãe do acessório do Xbox custa caro e só está no momento disponível para pesquisadores de verdade e parceiros grandes como a NASA e sequer está ligado a desenvolvedoras de jogos, e quando chegar ao consumidor final — se chegar — não será um dispositivo para todos.

De qualquer forma a versão final foi revelada ontem. O kit conta com o headset, um controle de Xbox One e dois games, EVE Online e Lucky's Tale. Mesmo com muita gente reclamando, os itens de pré-venda que serão enviados em março se esgotaram em míseros 14 minutos. A data atual de entrega prevista no momento é junho.

Luckey chegou a declarar anteriormente que o Oculus Rift não passaria de US$ 350, e por isso mesmo o anúncio de ontem, com o preço final fixado em US$ 599,99 revoltou meio mundo. Sobre isso ele explicou ontem que foi basicamente ingênuo ao dizer tal coisa, e que o preço do acessório reflete a preocupação não só de priorizar qualidade sobre o custo final como também "espantar curiosos" com o alto custo. Vale lembrar que as configurações recomendadas para um PC suportar o Oculus Rift não são modestas (em média o gasto total de um PC compatível e o Rift ficaria em torno de US$ 1,5 mil). E finalmente, o executivo confirmou que o dinheiro que o Facebook injetou lhes permitiu ir mais além, e o preço escalou em proporção.

Luckey disse que a Oculus não está fazendo dinheiro com o Rift, o que é bullshit: fosse assim o Facebook teria colocado o projeto na geladeira enquanto ele não fosse minimamente lucrativo. A verdade é que não só o preço escalou para fazer caixa como também espantar quem quer só fazer graça, tornando-o mais voltado para profissionais e desenvolvedores, embora os gamers que torram milhares de dólares em seus PCs montados não vejam problemas em pagar 600 paus no Rift, como a pré-venda demonstrou.

Fonte: Oculus.

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