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Nova Apple TV pode ser bem mais do que um set-top box

Será? Cupertino pode estar preparando a nova geração da Apple TV para finalmente revolucionar o mercado de entretenimento na sala de estar

9 anos atrás

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Na quarta-feira da semana que vem a Apple vai fazer aquele estardalhaço de sempre em torno de seus novos lançamentos. O que teremos com certeza: novos iPhones e a chegada oficial do iOS 9. Não tão certo mas bem provável: novos iPads e um ou outro novo Mac. Para mais especulações consulte o texto do Laguna.

Correndo por fora, e geralmente esquecido pela massa está a Apple TV, a modesta set-top box que até hoje é vista como um hobby pelo pessoal da companhia (embora tenha vendido muito bem desde o lançamento). Só que ao que tudo indica a Apple resolveu turbiná-la consideravelmente, de olho naquilo que não teria conseguido com a suposta iTV: revolucionar o mercado de dispositivos para a sala de estar.

Atenção: o texto a seguir é uma coletânea de suposições acerca da nova Apple TV; embora as fontes afirmem que tudo se caminha nessa direção é bom manter o pé atrás.

A Apple teria passado anos a fio tentando “quebrar o código” da televisão, algo que Steve Jobs disse ter conseguido em sua biografia. Só que as coisas não são tão simples assim, o consumidor de TVs não troca de aparelho todo ano e recursos como conectividade, 3D, 4K e etc. não são atraentes o bastante para justificar upgrades constantes.

Assim a TV com a maçã estampada foi engavetada, mas não o desejo de mudar o status quo do setor. Assim a alternativa foi voltar os olhos para a Apple TV, seu produto mais marginal e dar uma nova razão de ser a ela. E inúmeros informes apontam que a Apple não está para brincadeira nesse quesito.

O que há de informações até o momento? Em primeiro lugar, a quarta geração da Apple TV receberá um banho de loja e terá um novo design e hardware deveras interessante: o processador A8 dual-core forneceria à caixinha poder de fogo suficiente para rodar a versão otimizada do iOS, com toda a capacidade que o mesmo possui nos dispositivos mobile.

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Conceito: como poderia ser a Apple TV de 4ª geração

“Ah, mas os novos iPhones terão o chip A9”, você pode dizer. Sim, é verdade mas para a Apple TV isso não diz muito principalmente por um fator decisivo: diferente dos smartphones e tablets o set-top box estará ligado na tomada o tempo todo, e por não ter restrições quanto a consumo de energia a Apple poderá fazer muito mais com o hardware, coisas que os iPhones 6/6s e o iPad Air 2 não conseguiriam sem drenar a bateria.

Assim, a Apple poderia ao liberar o SDK da Apple TV fornecer aos desenvolvedores os meios para transformar o set-top box um dispositivo para a sala de estar poderoso o bastante para tirar o sono da Amazon, Roku e cia. limitada, e dando canseira também em outras empresas.

Exemplos: serviços de streaming como Netflix e Hulu. A Apple estaria preparando uma solução própria, que só não foi lançada ainda por causa da dificuldade em negociar com os detentores de conteúdo (because copyrights, as always). Cupertino estaria renegociando contratos diretamente com canais e estúdios a fim de garantir direitos sobre a programação tradicional de TV, filmes, séries e claro, conteúdo exclusivo. A visibilidade da maçã seria algo que os executivos de TV não poderiam ignorar, e os 30% que a Apple tradicionalmente morde engordariam ainda mais seus cofres. Há informes de que a plataforma em si já está pronta, esperando apenas o sinal verde. Especula-se que a assinatura do serviço não seria barata, ficando entre US$ 15 e salgados US$ 40/mês, mas em se tratando de Apple isso não surpreende.

Com tanto poder de fogo, ele não ficaria sem a Siri. A nova Apple TV seria acompanhada de um novo controle remoto, que contaria com botões físicos, um touchpad e microfone para que o usuário controle tudo por voz e gestos. Eu disse gestos? Sim, para completar o tal controle teria sensores que captam o movimento do usuário, algo como um Wiimote. Claro, porque se temos um iOS teremos apps e logo, jogos.

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Outro conceito: uma ideia para o novo controle remoto da Apple TV, com botões físicos e um touchpad

Quem jogou no iPad Air 2 sabe que o chip A8 não é fraco. Claro, ele não se compara com os tops consoles de mesa PS4 e Xbox One que vendem muito bem, obrigado. Aliás essa não seria sequer a intenção da Apple, fazer da caixinha um videogame top; por outro lado, a ideia seria posicioná-lo como “o melhor console de jogos intermediário”, algo superior ao PS3 e ao Xbox 360 (que querendo ou não já estão mortos, é fato) com acesso à biblioteca de games já estabelecida do iOS, com a chance de receber títulos exclusivos.

Assim ele sepultaria de vez os microconsoles (não que o Ouya precise, anyway) e bateria de frente com o Wii U, dando ainda mais dor de cabeça à Nintendo. E embora não seja o foco, ele poderia reduzir a atenção de potenciais consumidores de consoles next-gen por conta do menor preço do hardware e jogos, sendo mais apelativo para jogadores casuais. Com um controle similar ao Wiimote e a possibilidade de receber periféricos licenciados (como joysticks), a Apple TV seria um videogame de fato interessante.

Assim a Apple não mais veria o set-top box como um aparelho que existe e está lá, mas a solução final para aniquilar/incomodar a concorrência no domínio da sala de estar. Claro que tudo isso teria um preço, especula-se que ela custará “menos de US$ 200”, ficando entre 149 e 199 dólares (acredito mais no segundo valor). Por aqui? Bem, levando em conta que a terceira geração ainda custa R$ 399 (o único iGadget que não recebe upgrade de preço há anos) chuto que a nova Apple TV não sairia por menos de R$ 999 em terras tupiniquins, um pouco caro para um set-top box mas um valor razoável se ela de fato entregar tudo o que andam dizendo dela.

Lembrando que tudo que foi dito aqui não passa de especulações. Teremos as informações oficiais somente no dia 09/09, a partir das 14 horas no horário de Brasília. Como de praxe, o MeioBit fará a cobertura do evento em tempo real no Twitter.

Fonte: TechCrunch.

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