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Tinha que acontecer: Dois satélites colidem em órbita

15 anos atrás

O Universo é vasto, as distâncias são literalmente astronômicas, colisões entre objetos são consideradas raríssimas. Astrônomos apostariam a própria vida na impossibilidade desses eventos, mas esquecem que o Cosmos é regido por uma Força Maior, uma entidade Onipotente, Onipresente, que tudo observa e controla.

Estou falando de Murphy, responsável por entre outras a colisão do cometa Shoemaker-Levy 9 com Júpiter, em 1994.

Pois é. Mesmo que as chances de algo acontecer sejam astronomicamente pequenas, se for ruim, vai acontecer. Quando danmos munição para Murphy então, babau. E nada mais apetitoso para um desastre em potencial do que a enorme quantidade de tralhas que temos em órbita da Terra.

Dramática reconstituição

Tanto que a Associated Press está reportando que dois satélites colidiram, na Terça-Feira. A 800Km acima da Sibéria um satélite de telefonia da Iridium, lançado em 1997 se chocou com um satélite russo defeituoso (será aquele de Space Cowboys?) lançado em 1993. O primeiro pesava 560Kg, o segundo uma tonelada.

Como qualquer coisa maior do que o coração do Stallman (pequeno, muito pequeno) movendo-se a 26.000Km/h acaba com o dia do que quer que acerte, os resultados foram dramáticos. Os satélites ficaram completamente destruídos. Agora o pessoal da NASA e do NORAD está ocupado contando os pedaços. Já acompanham dúzias, esperam chegar a centenas, que serão adicionados à longa lista de lixo orbital, que inclúi desde a bolsa de ferramentas que aquela dona perdeu, mês passado, até a luva que Ed White deixou escapar para o espaço, na primeira caminhada espacial de um americano, no vôo da Gemini 4, em 1965.

Com o NORAD acompanhando 17.000 objetos em órbita, muitos desses sem nenhuma forma de controle, colisões são uma realidade. O grande problema é que eventos como o de Terça-Feira geram resultados imprevisíveis, e nada impede que um fragmento desses assuma uma órbita mais baixa e acerte a Estação Espacial internacional. Ou uma nave Klingon de passagem, o que seria muito pior.

Fonte: Yahoo

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