Emanuel Laguna 9 anos atrás
Duas semanas atrás a bonitinha da Taylor Swift escreveu um textão™ contra os três meses gratuitos do Apple Music. Dizia defender artistas independentes mesmo com a família sendo dona de gravadora, mas ok. De qualquer forma, a cantora lourinha conseguiu fazer com que a Apple pagasse aos artistas pela execução das músicas no período gratuito do serviço de streaming.
Forçando ainda mais a inimizade com o streaming de músicas, outro artista preferiu evitar a fadiga: o artista conhecido como Prince resolveu retirar dos principais serviços de streaming toda a sua discografia. Você não vai mais encontrar os álbuns completos com o “símbolo impronunciável do amor” no Deezer, Spotify e Rdio.
"Essentially, streaming has offered labels the ability to pay themselves twice while reducing what is owed to artists...
— Prince (@prince) 25 de junho de 2015
Como as músicas do Prince já não estavam disponíveis no Apple Music, restam então o Google Music (no YouTube só restaram uns poucos clipes oficiais dele) e o serviço de streaming do Jay-Z, o Tidal. O esquisito da história toda é o artista disponibilizar sua nova música HardRockLover no SoundCloud (um streaming gratuito) e eliminar tantas outras opções de uma só tacada.
Estamos a falar apenas de streaming: as músicas do Prince continuam disponíveis para venda em serviços como a iTunes Store, por exemplo. Mesmo ele achando a internet ruim para a música, não vai sair da rede totalmente se o dinheiro continuar entrando de boa.
“Se a indústria começar a ter exclusividades demais deste ou daquele artista, mataremos o futuro do modelo de negócios — simples assim. As pessoas pagam pela nosso serviço pois elas querem todas as músicas favoritas em um só lugar. Forçar os consumidores a pagarem três ou quatro serviços de streaming para conseguirem todas as músicas favoritas vão levá-los de volta à pirataria.” — Hans-Holger Albrecht, CEO do Deezer
Embora não sejam uma tecnologia nova, os serviços de streaming de música viraram mesmo uma febre recente graças aos aplicativos para smartphone e belas franquias de internet lá na civilização. O ideal mesmo seria ter apenas um só, mas são várias as opções a serem consideradas.
Aliás, mesmo no ramo do streaming de vídeo, a Netflix vem recebendo concorrentes de peso na civilização. Se antes pagávamos apenas a assinatura da TV para evitar a programação das horríveis emissoras abertas, agora pagaremos a conta de internet incluindo streaming de vídeo de um lado e o streaming das músicas de outro.
Fontes: Tech Crunch e The Verge.
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