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Removendo o lixo espacial com LASERS!

Pesquisadores de instituto japonês propõem solução “simples” para lidar com o lixo espacial: equipar a ISS com um canhão laser!

9 anos atrás

pew-pew-pew

Lixo espacial é um problema sério, a Sandra Bullock que o diga. Qualquer missão, qualquer satélite tem que levar em conta a grande quantidade de detritos que a gente colocou em órbita da Terra nesses mais de 50 anos de exploração do cosmos.

Temos mais de 19 mil objetos flutuando lá em cima, viajando a uma velocidade considerável. Não são raras as vezes em que é preciso manobrar satélites e até a Estação Espacial Internacional a fim de tirá-las da rota de colisão com detritos. Mesmo assim acidentes acontecem, como quando o Pegaso, um CubeSat equatoriano foi atingido por restos de um S-14 soviético e foi pra cucuia.

Tudo só ficou pior quando o Pentágono desativou a Space Fence, a rede de monitoramento do lixo espacial. Resumindo a história, não fazemos ideia de onde estão os destroços mais perigosos até chegar o momento crítico, quando não há mais muito o que fazer. Não há defesa para isso, e se você é um astronauta na ISS resta apenas sentar e rezar para Newton.

Isso não impede alguns de terem ideias no mínimo mirabolantes para solucionar o problema. Uma dessas alternativas vem de um estudo publicado pelo RIKEN, um instituto de pesquisas do Japão (por que será que não me surpreendo?), que propõe o seguinte: aproveitar um telescópio que o grupo já está desenvolvendo para a ISS e equipá-lo com um… laser.

Claro, a ideia não é nova. A NASA apresentou um projeto parecido no ano passado, mas onde os feixes seriam disparados da Terra. A ideia do RIKEN seria transformar a ISS numa estação capaz de detectar os detritos e ela mesma eliminá-los. O tal aparato começaria inócuo, não mais potente do que aquelas malditas canetas que insistem em apontar para helicópteros e acabaria no fim como um autêntico canhão laser.

Watchtower

Claro, há algumas implicações se isso pode dar certo ou não, além da questão política. O consultor da NASA Donald J. Kessler, autor da teoria que descreve o efeito que leva seu nome, onde devido à grande quantidade de lixo espacial destroços podem colidir uns nos outros e iniciar uma reação em cadeia (visto em Gravidade) diz que o maior medo de todos é a possibilidade de “armarem o espaço”, algo que não é muito difícil de acontecer. Kessler também teme a forma como diversas empresas têm explorado comercialmente o espaço, algo que segundo ele vem sendo feito sem controle (leia-se sem o dedo da NASA, que está sem dinheiro).

Claro que a solução é a longo prazo, ninguém quer ver uma estação sobre suas cabeças soltando tiros de laser a torto e direito. Mas é fato que precisamos de soluções rápidas e eficazes para lidarmos com o lixo em órbita, porque não demora muito para um pedaço de fuselagem bater em velocidade absurda contra a estação espacial ou uma cápsula Soyuz. Aí será tarde demais para dizer “eu avisei”.

Fonte: Wired.

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