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Grooveshark? MÓR-REU!

E não deu outra: para não ter que pagar milhões para as gravadoras Grooveshark fecha um acordo e deixa de existir (com direito a pedido de desculpas)

9 anos atrás

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Pois bem, não deu outra. O Grooveshark, o serviço de streaming de música que deu uma bela canseira nas gravadoras por anos devido à forma como operava finalmente perdeu a queda de braço para a indústria do copyright: ele não foi somente descontinuado, mas humilhado.

Eis o que aconteceu: o serviço foi construído em torno da colaboração entre seus usuários, portanto o ouvinte podia subir suas próprias músicas para o Grooveshark e compartilhar com todos os outros usuários. Claro que isso gera o problema da pirataria, e desde quando foi inaugurado em 2007 ele deu muita dor de cabeça às gravadoras, principalmente a Universal Music.

A pressão dos detentores dos copyrights fez com que o Grooveshark fosse devidamente chutado da iTunes Store e da Play Store, mantendo-o restrito ao site e aos aplicativos distribuídos de fora das lojas oficiais. Mas a verdade é que o serviço assumiu sua filosofia de compartilhamento: o CEO Sam Tarantino era um dos principais incentivadores de seus funcionários para que subissem suas músicas para os servidores, e ele próprio figurava entre os maiores uploaders.

Claro, isso resultou em um processo feroz das gravadoras lideradas pela Universal Music, a maior interessada em fazer o Grooveshark sangrar até morrer. O estágio final do julgamento dizia respeito a 4.907 músicas distribuídas ilegalmente, e a Universal exigia uma compensação de US$ 150 mil por faixa. Isso resultaria num montante total de US$ 736 milhões que o serviço teria que pagar, o que é um valor menor do que o inicial: a Universal queria que o montante fosse calculado em cima de mais de 150 mil faixas, e isso resultaria em alguns vários bilhões.

A situação não era boa at all: o corpo de jurados era obviamente inclinado a dar a causa à Universal, o que deixou a Escape Media, a empresa dona do Grooveshark sem opções: falida, não havia outra opção a não ser fazer um acordo. E ontem as partes chegaram num entendimento: o serviço deixa efetivamente de existir, os apps serão desativados e todas as músicas distribuídas serão deletadas.

E como se não bastasse, o acordo também exigiu que o Grooveshark abaixasse a cabeça e se humilhasse em público, pedindo desculpas por desafiar os detentotes dos copyrights e recomendasse serviços legítimos na nota oficial, como Spotify e Deezer. A ironia disso? As gravadoras também estão enchendo o saco desses últimos para limitarem a modalidade gratuita, forçando os usuários a adquirirem assinaturas.

A verdade é que embora os serviços legais sejam bons, ainda há muita gente que prefere não pagar a continuará recorrendo à Locadora para ouvir suas músicas. O fim do Grooveshark vai muito provavelmente mandar todos os seus usuários para os torrents, ao contrário do que a Universal espera.

Fonte: Grooveshark.

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