Carlos Cardoso 9 anos atrás
Mísseis de cruzeiro não são exatamente novidade, sua origem vem das bombas voadoras V1, erroneamente atribuídas por todo mundo a Werner Von Braun. Em pouco menos de 3 meses elas causaram tanto dano à Inglaterra quanto 1 ano de bombardeio da Luftwaffe, custando muito menos e matando zero pilotos do Reich.
A festa acabou quando os pilotos ingleses, basicamente loucos, descobriram que dava pra fazer isto:
Os caras basicamente voavam paralelo às V1, com quase 1 tonelada de explosivo na ogiva, davam um toquinho na asa da bomba, ela começava a girar, o sistema de orientação entrava em kernel panic, tela azul e ela caía no Canal da Mancha.
De lá pra cá os mísseis evoluíram muito, mas a tecnologia para construir esse tipo de arma ainda é bem restrita, pouquíssimos países do mundo a detém. O Brasil é um deles, com a Avibrás. Em comum a característica que não trabalham com alvos móveis.
É até compreensível, afinal prédios, bases militares e pistas de pouso não costumam mudar muito de lugar, mas isso limita a utilidade desses mísseis para uso anti-navio, por exemplo. Se você vai fazer um ataque com mísseis de cruzeiro, lançando de mil quilômetros de distância, é complicado acertar um navio, a não ser que ele colabore e fique paradinho nas coordenadas corretas.
Não mais. A Raytheon testou um upgrade na versão Block IV do Tomahawk na qual uma aeronave atualiza constantemente as coordenadas de alvo do míssil, assim ele pode atingir navios inimigos não-cooperativos. Veja, é Missile Pr0n de primeira:
Sam LaGrone — TACTOM