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App promete transformar smartphone em detector de raios cósmicos

O CRAYFIS é um projeto de computação distribuída da Universidade da Califórnia que usa as câmeras dos smartphones para detectar raios cósmicos.

9 anos atrás

cosmic rays illustration

Concepção artística de raios cósmicos atingindo a terra.

Quer transformar seu smartphone em um detector de raios cósmicos? Bem, existe um app para isso. O Cosmic Rays Found in Smartphones, CRAYFIS para os íntimos, usa a câmera padrão dos telefones espertos e tablets para detectar alguma das partículas super-raras que chovem na Terra quando raios cósmicos de alta energia atingem a atmosfera. O CRAYFIS coleta as informações e as envia aos físicos da Universidade da Califórnia para serem analisadas.

Você realmente não precisa fazer nada além de baixar o aplicativo que deve funcionar um pouco como o  SETI@Home ou o Folding@Home, dois programas que permitem que pessoas comuns doem o poder computacional dos seus computadores pessoais a projetos de processamento massivo para a Ciência. No caso do CRAYFIS, ele é programado para começar a funcionar quando o telefone estiver sendo carregado e sem uso durante algum tempo.

Silmar_CRAYFIS_Logo

Um bônus divertido: se você assinar o CRAYFIS com seu nome completo e os cientistas usarem os dados que forem coletados pela sua conta em um artigo científico, eles listarão o seu nome como um dos autores do trabalho. É claro que os usuários também podem escolher enviar seus dados anonimamente.

O app funciona detectando fótons de alta energia, que são abundantes nas chuvas de partículas causadas pelos raios cósmicos, além de uma partícula chamada múon. Os fótons são as partículas da luz que as câmeras dos celulares já são feitas para detectar de qualquer forma, mas elas normalmente são ajustadas para captar apenas aqueles no espectro visível da luz.

Felizmente elas ainda podem funcionar para as partículas de alta energia, de acordo com um artigo recentemente publicado pela mesma universidade, mas que ainda precisa ser revisado por pares. A equipe por trás do aplicativo diz ainda que os fotodiodos presentes nas câmeras podem interagir com os múons, que são partículas carregadas que podem passar facilmente através de paredes, cases dos telefones ou outros obstáculos.

Além da câmera em si, o CRAYFIS usa o GPS para saber onde detectou uma determinada interação além da conexão de dados para enviar as informações aos servidores do projeto. O app está em beta, mas você pode se inscrever para testá-lo no website do projeto. A promessa é de que a versão final dele logo estará disponível para dispositivos Android e Apple. O Windows Phone ficou apenas com o telescópio bacanudo.

Fonte: PS.

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