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Ciência surpreende: Neymar, e não Fred só usa 10% do cérebro

Ciência surpreende: Neymar, e não Fred só usa 10% do cérebro. Pior de tudo, isso é bom. Ele literalmente não pensa muito antes de fazer uma jogada.

10 anos atrás

vaimozao

Um dos truques que mais gosto de fazer, aprendido com anos de datilografia (por que acham que eu gosto tanto de ciência espacial?) é estar digitando, alguém chegar para falar alguma coisa, eu olho pra pessoa, converso e enquanto isso continuo digitando. Não é nada digno de uma bolsa da escola do careca, mas um excelente exemplo de como o cérebro consegue ser multitarefa, com o devido treino.

Isso tem a ver com a chamada “memória muscular”, quando criamos macros para determinados movimentos repetitivos, e a área nobre do cérebro não precisa mais comandar cada submovimento. Funciona pra dirigir, pra digitar e pra jogar futebol, e como tudo, se você tem uma predisposição genética, consegue ser muito melhor do que quem aprende na base do treino. É o exemplo de Neymar, ao menos segundo cientistas japoneses.

Esses cientistas do National Institute of Information and Communications Technology do Japão publicaram um artigo no periódico suíço Frontiers in Human Neuroscience onde avaliaram Neymar e outros atletas, através de Ressonância Magnética funcional e outros exames.

As cobaias foram o Neymar, outros 3 jogadores de futebol, dois nadadores e um peladeiro. Mediram a atividade no córtex motor na região que comanda os pés e descobriram que os jogadores de futebol apresentavam menos atividade enquanto exerciam movimentos com os pés. Os nadadores e o peladeiro não treinavam tanto aquele tipo de movimento, mas o que surpreendeu foi a leitura de Neymar.

Ele quase não apresentou diferença de processamento cerebral, movimentando ou não o pé. Era como se os movimentos já estivessem tão programados na estrutura cerebral que não era necessário dedicar CPU a isso, bastava disparar um comando pra PPU (Pé Processing Unit) e tudo funcionava. O resultado é que o cérebro fica livre pra planejar jogadas e visualizar o jogo como um todo, e a movimentação fica muito mais ágil, não é preciso “compilação just-in-time” dos movimentos.

Comparando com o peladeiro, Neymar utilizava menos de 10% dos recursos cerebrais pra realizar a mesma tarefa. Imagina esse bicho overclockado.

Esse tipo de habilidade é genético mas depende também de treinamento, mas se não foi feito no começo da vida, não será tão eficiente, pois quanto mais velho o cérebro fica mais perde sua plasticidade, a capacidade de se reprogramar fisicamente. Por isso aprender idiomas quando novo é muito mais fácil. Também explica o porquê de tão poucos atletas mudarem de esporte de forma bem-sucedida. Estou olhando pra você, Michael Jordan.

Fonte: Yahoo.

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