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Última chamada: arquivos do Ubuntu One serão deletados após 31/07

Fique esperto: se você tem arquivos salvos no Ubuntu One baixe-os agora, pois a Canonical os deletará definitivamente após o dia 31 de julho.

10 anos atrás

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Mark Shuttleworth pôde por um bom tempo gozar da popularidade com o Ubuntu, aquela que outrora foi a distribuição Linux mais popular entre usuários finais (ainda que não fosse suficiente para materializar o Ano do Linux no desktop). Só que ele foi mordido pelo bichinho do sucesso e justamente pensou que poderia se expandir para outros mercados, como TVs, smartphones e o que mais fosse. Nisso, ele resolveu que era hora de se distanciar das outras distros e mudou a estrutura do Ubuntu completamente.

Foi um belo tiro no pé. Outrora anunciado em jornais e revistas (algumas duvidosas) e cujo CD de instalação era mandado para todo mundo, a decisão de abandonar a interface Gnome clássica em prol da proprietária Unity acabou por lhe render acusações da comunidade de literalmente ter traído o movimento e se distanciado do mote original do Linux, de ser um sistema aberto a todos. Literalmente o criticaram por tentar ganhar dinheiro com seu sistema, ignorando que qualquer distribuição que atenda aos requisitos da licença GNU pode ser monetizada.

Conclusão: o Ubuntu encolheu e perdeu sua posição de distro mais popular para o Mint, mais leve e democrático no sentido de se permitir ser instalado em máquinas bem mais modestas. Essa perda de público obrigou a Canonical a rever suas estratégias: há anos os CDs não são mais enviados a usuários, e o incensado Ubuntu One, o serviço de armazenamento de arquivos na nuvem mór-reu.

A perda de share não é o único motivo do fim do serviço: com o Google oferecendo 100 GB de espaço por US$ 2/mês, a concorrência se tornou desleal. Com apenas 5 GB de espaço gratuito ele era bem desinteressante para seus usuários, que preferiam utilizar outros clients. Conclusão: o Ubuntu One deu prejuízo à Canonical, que em abril havia anunciado seu fim. No dia 1º de junho o serviço foi descontinuado, impedindo o usuário de salvar mais arquivos. E após o dia 31/07 todos os arquivos armazenados serão deletados.

Caso você tenha algum arquivo salvo no drive virtual do Ubuntu One, você pode salvá-los de três maneiras: acessando um servidor temporário está disponível aqui, bem como executáveis para baixar todos em lote para PC, Mac e Ubuntu/Linux. A Canonical também dá a opção de migrar os arquivos para o serviço Mover.io, mas particularmente eu recomendaria o Google Drive, até porque a oferta de espaço é bem generosa.

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