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YouTube vai bloquear vídeos de independentes que não aceitarem entrar em seu serviço de streaming de música

O YouTube já assinou acordos de licenciamento com os grandes selos, e está ameaçando os independentes de banimento completo da plataforma, mesmo do serviço gratuito, caso não aceitem o acordo.

10 anos atrás

Youtube

Não existe almoço grátis. Há anos o YouTube é o lugar de destino de quem quer assistir a praticamente qualquer coisa, à distância de um clique, sem pagar nada. Em termos.

O Google não é uma instituição de caridade e começou a monetizar o site desde sua aquisição. Primeiro com anúncios mais discretos, depois com anúncios nos vídeos, anúncios antes de iniciar os videos… tudo junto reunido.

Há horas que empresas mais espertas como Netflix e Spotify perceberam que o segredo para faturar com conteúdo não é correr atrás de sites de pirataria e sim apostar na preguiça do usuário, que prefere pagar um valor justo e ter o conteúdo disponível instantaneamente em qualquer aplicativo.

No que tange a música o YouTube já tem conteúdo disponível para agradar a qualquer gosto. Qualquer selo ou artista, dos menores aos maiores, sabe que precisa colocar seus vídeos ali para alcançar visibilidade. O próximo passo natural era transformar isso em um serviço de streaming para usuários que querem um conteúdo diferenciado, sem anúncios e interrupções, afinal, nada mais chato do que ver um anúncio de fralda descartável antes de um vídeo dos Ramones, por exemplo.

O YouTube já assinou acordos de licenciamento com os grandes selos, e está ameaçando os independentes de banimento completo da plataforma, mesmo do serviço gratuito, caso não aceitem o acordo. Isso eliminaria nomes como Jack White, Adele e Artic Monkeys, para citar apenas alguns dos mais conhecidos.

A desculpa do Google é a uniformização do serviço, para poder disponibilizar o conteúdo sem restrições, mas parece que a explicação é mais mundana do que isso.

O barulho em resposta já começou na Europa, onde a agência Merlin de licenciamento calcula que os independentes representam 32,6% do mercado.

E é aí que mora o problema, segundo eles o Youtube quer pagar menos aos independentes, e está usando o banimento como arma para pressionar o aceitamento dos acordos.

O YouTube quer lançar o serviço até final de ano para entrar de sola no mercado como um concorrente de peso ao Spotify, Pandora, Amazon e outros menos cotados.

Apostas abertas para quem vai vencer a queda de braço.

Fonte: The Guardian.

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