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Estudo que prevê o fim do Facebook até 2020 vira motivo de piada

Doutorandos de Princeton utilizam dados do Google para prever o fim do Facebook em 2020; cientistas da rede fazem chacota da instituição da mesma forma

10 anos atrás

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Tudo começou quando John Cannarella e Joshua A. Spechler, dois doutorandos da Universidade de Princeton publicaram um controverso estudo sobre um estudo acadêmico envolvendo o Facebook. Basicamente a pesquisa (que não foi revisada por pares, é bom frisar) diz que o Facebook, assim como todas as redes sociais apresentaria um momento de ápice antes de sua queda vertiginosa, e que ela estaria passando por esse momento. Com isso a previsão é que a rede do Zuckerberg perderia 80% de seus usuários em 2017 e encontraria seu fim até 2020.

O grande, enorme problema é que os dois se basearam na ascensão e queda do MySpace, a tentativa do Google em emplacar uma rede social voltada para músicos e artistas, aproximando os compositores de seus fãs. A pesquisa usou dados do Google Search e não se trata de uma pesquisa de campo, o que levanta dúvidas sobre a eficácia dessa forma de coleta de dados.

Foi o que o matemático Mike Develin, junto com outros cientistas de dados do Facebook Lada Adamic e Sean Taylor provaram ao publicar um estudo fazendo chacota da pesquisa dos doutorandos. Utilizando as mesmas ferramentas que os dois empregaram em seu teste, eles chegaram à conclusão que a Princeton não terá mais alunos até 2021. Ainda completaram a tiração de sarro ao chamar o método de utilizar dados do Google como "inovador".

E não parou por aí: eles coletaram dados de redes sociais e compararam com outras universidades como Yale e Harvard, e os dados são alarmantes: enquanto as curtidas das duas primeiras aumentaram desde 2009, a de Princeton só diminuiu. O mesmo pode se dizer de divulgações de estudos da universidade na mídia, que só vem caindo. Porém a estocada final veio quando ao utilizar a mesma metodologia, chegaram à seguinte conclusão:

Enquanto nós estamos preocupados com a Universidade de Princeton, nós estamos ainda mais preocupados com o destino do planeta - pesquisas no Google por “ar” também caíram firmemente e as nossas projeções mostram que, no ano 2060, não haverá mais ar.

E para concluir, comprovando que você sempre encontra um XKCD relevante, dessa vez não seria diferente:

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Como era de ser esperar, nem Princeton ou os doutorandos responderam às provocações.

Fonte: BI.

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