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Cuidado: aquela linda night elf de World of Warcraft pode ser um agente da NSA

Segundo Edward Snorden agentes da NSA e GCHQ monitoram jogadores de World of Warcraft; Second Life, Xbox Live e outros jogos online também estão na lista

10 anos atrás

Não, eu não vou postar aquele wallpaper da Tyrande!

O assunto NSA/Edward Snowden rendeu bastante este ano. O ex-informante e atual garoto do suporte número um da Rússia levantou uma grande quantidade de material para a imprensa soltar em pílulas, até porque convenhamos, ele não deve nem ir ao banheiro sem um ex-KGB na cola. Enquanto que algumas denúncias podem ser consideradas sérias e merecem ser verificadas, a mais recente é muito estranha, para dizer o mínimo.

De acordo com matéria veiculada em conjunto no The Guardian, The New York Times e ProPublica, um documento de 2008 fornecido por Snowden atesta que a NSA e a GCHQ, a agência de inteligência da Grã-Bretanha (você sabe, aquela que destruiu os HDs do Guardian) estariam há anos monitorando... ambientes de jogos online. Sendo mais específicos, a Xbox Live e os games World of Warcraft e (pasmem!) Second Life seriam os alvos.

A desculpa seria a mais clássica e estapafúrdia possível: grupos terroristas utilizariam os jogos para recrutar terroristas (não ria!). O documento cita que os grupos poderiam monitorar games como Counter Strike atrás de atiradores habilidosos. Os interessados nesse tipo de recrutamento nada ortodoxo seriam os suspeitos de sempre: Al-Qaeda, Hezbollah, Hamas, Irã, China...

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O documento detalha que agentes de ambas agências seriam jogadores infiltrados nos games citados e na Xbox Live, além de outros títulos com o intuito de caçar terroristas, reunir informações, propagar pacotes rastreadores na rede e recrutar jogadores para a causa deles. E mais: ela não seriam os únicos órgãos infiltrados e a NSA teria um método para evitar que uma agência não sabotasse outra.

Eu não sei porque, mas a ideia de um departamento da NSA onde os agentes ficariam o dia inteiro jogando não entra na minha cabeça. Claro, o documento não esclarece se desmontou qualquer ação terrorista empregando esses métodos.

Obviamente todo mundo tirou o seu da reta: a Microsoft (que é sempre bom lembrar, foi a primeira a aderir ao PRISM), o estúdio responsável pelo game Second Life Linden Lab e a NSA se recusaram a comentar. A Blizzard Entertainment usou a "defesa Lula": alegou que não garantiu a nenhuma agência o acesso da base de dados de World of Warcraft e caso elas tenham se utilizado de seu game, o fizeram sem o seu consentimento. Já um porta-voz da GCHQ não confirmou nem desmentiu, dizendo apenas que os procedimentos da agência estão dentro das leis britânicas, o que pode significar qualquer coisa.

Fonte: The Guardian.

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