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Apocalipse Robótico adiado pela… realidade

Todos amamos a idéia do Apocalipse Robótico, mas será que ele está próximo? Há controvérsias. Mesmo os mais avançados robôs mal conseguem andar, que dirá correr atrás de alvos humanos. Mesmo assim, robôs já mataram gente. Clique e descubra…

10 anos atrás

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Entre as diversas formas de fim do mundo o Apocalipse Robótico tem um lugar especial no coração da maioria dos nerds. Asteróides são muito imprevisíveis, guerras nucleares saíram de moda, zumbis não durariam 5 min contra os morros cariocas ou qualquer cidade no sul dos EUA. Já robôs trazem toda uma carga moral, ao criarmos os robôs à nossa imagem e sermos massacrados por eles.

Por isso todo avanço é visto como um passo a mais para nossa destruição, e isso é bem legal. Pena que é tão ficcional quanto o Apocalipse Zumbi ou o Arrebatamento. Nossos robôs em sua maioria são carinhos de controle remoto metidos à besta. Lidar com o mundo real é complicado. Veja por exemplo o Atlas, o robô mais avançado da Boston Dynamics.

Ele É uma peça de tecnologia incrível, já foi demonstrado andando, correndo, sobrevivendo a empurrões, mas aqui ele anda sobre alguns obstáculos. A hesitação é geriátrica, e no final ele toma um estabaco que tiraria toda a moral de um T-1000:

É legal? Com certeza, mas está longe de ser uma ameaça, o que só torna mais engraçado manchetes que alardeiam que “segundo especialistas” em 2023 as forças armadas dos EUA terão 10 robôs para cada soldado humano. É possível? Provavelmente, robôs hoje já são bem úteis, há dezenas de milhares em uso, mas o que a gente imagina como um robô das forças armadas é isto:

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Quando na realidade é isto:

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Existe uma enorme quantidade de automação em equipamentos militares, mas estão longe de robôs como imaginamos. Quando tenta-se algo mais próximo, dá problema. Em 2007 na África do Sul, um exercício com um canhão antiaéreo robotizado automatizado e programado para matar saiu de controle. O canhão abaixou a mira, começou a catar alvos no chão e nessa brincadeira feriu 14 pessoas. Outras 9 não tiveram tanta sorte, morreram com tiros de 35 mm.

Aqui neste vídeo, uma torre de canhão de 30 mm M101, remotamente controlada dispara até a munição acabar. Em seguida, sem que o operador tenha comandado, continua a rastrear alvos e vira em direção à câmera e aos observadores do exercício. Se houvesse munição…

Agora repare este teste de um robô com uma .50, em teste de fogo com munição real:

A metralhadora está acorrentada para não poder girar em direção aos humanos presentes.

Ou seja: não conseguimos nem que nossos robôs não nos matem sem-querer. Está longe o dia em que nos matarão de propósito.

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