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David Cage fala sobre as críticas ao Beyond: Two Souls

Após críticas à jogabilidade do Beyond: Two Souls, David Cage sai em defesa do título e diz que ninguém tem o poder de definir o que é um jogo.

10 anos atrás

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Esta semana o mundo viu o - problemático - lançamento do tão aguardado Beyond: Two Souls e como era de se esperar, a recepção foi bastante dividida. De um lado temos um grupo de pessoas que adoraram a narrativa proposta pela Quantic Dream, enquanto que muitas outras odiaram sua jogabilidade, dizendo que ele é mais um filme interativo do que um jogo propriamente dito.

Diante de tantas reclamações, David Cage saiu em defesa de sua criação e disse algo com o qual concordo totalmente.

Algumas pessoas podem ser muito conservadores sobre essa mídia e as vezes isso é frustrante. Algumas pessoas desejam que os games sejam sempre o que foram pelos últimos 30 anos, apenas com mais polígonos. Ninguém deveria poder definir o que um videogame deve ou não deve ser; ninguém tem esse poder.

Um videogame pode ser muitas coisas. O Angry Bird é um jogo; o Call of Duty é um jogo; o World of Warcraft é um jogo; o Gone Home é um jogo. Quem decide ‘você é um videogame’, ‘você não é um videogame’, ‘você não faz parte dessa família’? Não. Vamos abrir essa mídia para quem tem ideias diferentes e é ótimo ver pessoas tentando fazer jogos onde atirar não é a coisa principal.

Na minha opinião, um jogo, filme interativo ou seja lá como você queira chamar, deve ser criticado por sua qualidade e não por privilegiar o enredo ao invés da jogabilidade. Quando joguei o Heavy Rain confesso que estranhei sua mecânica no início, mas logo sua história me prendeu e não conseguir largar o controle até chegar ao seu desfecho.

Outro exemplo que gosto de citar é o Dear Esther. Mesmo sem fazermos muita coisa durante toda a “história interativa”, basicamente seguindo apenas por um trilho, tive ali uma experiência marcante e será que eu teria que ter reclamado dele porque em momento algum encontrei uma escopeta ou tive que saltar sobre tartarugas?

Enfim, muitas vezes vemos as pessoas afirmando que a indústria de games precisa crescer, mas quando algum game designer tenta fugir um pouco do lugar comum, logo é criticado e por isso acho que quem precisa evoluir realmente somos nós, os consumidores.

Fonte: Gamespot.

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