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Índice de pirataria no Brasil diminui

15 anos atrás

Não é novidade nenhuma dizer que os níveis de pirataria no Brasil são altíssimos. Vendem-se produtos falsificados que vão de canetas a computadores, passando por games, DVDs e roupas. Na área de software o índice bateu à casa de 59% dos produtos vendidos no País no último ano, tendo caído apenas 1 ponto em relação a 2006. No entanto, o que surpreende é o fato de ser o menor índice entre os países da América Latina e entre o bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC).

Embora o índice tenha diminuído, as perdas atuais aumentaram em relação ao ano anterior devido ao crescimento do mercado e chegam a 1,617 bilhão de dólares.

Para Robert Holleyman, presidente mundial da BSA, essa pequena queda que a princípio parece irrisória mostra uma tendência de diminuição e enquanto o mundo olha para as nações do BRIC, o destaque do Brasil significa uma oportunidade.

A BSA esteve reunida com o governo brasileiro na última quinta-feira e para Holleyman o governo brasileiro tem ajudado no combate à pirataria e na proteção aos direitos autorais, segundo Frank Caramurú, diretor-geral da BSA no Brasil, o governo tem noção de que o que falta é um trabalho de conscientização da população para que o índice brasileiro continue a cair. Segundo ele as pessoas não entendem que ao consumir produtos piratas estão atrapalhando o crescimento da economia do país e a geração de empregos.

Concordo com ele que falta muita informação, mas acho que essa conscientização deveria começar pelas próprias autoridades, afinal é bem comum ver nosso estimado presidente afirmando ter visto filmes piratas, além claro de um bom preparo de nossas polícias não apenas para combater o crime como para não cometê-lo.

O grande destaque da pesquisa acabou ficando na verdade para a Rússia que mesmo com um alto índice de pirataria consegui diminuí-lo de 80 para 73% no último ano. Resultado de um trabalho do governo Russo que percebeu a força da indústria de software e o quanto combater a pirataria no setor poderia ajudar no desenvolvimento do país, além é claro, do ingresso do país na Organização mundial do comércio, o que fez com que as empresas locais respeitassem a propriedade intelectual e obrigou a Rússia a fiscalizar empresas que utilizavam software ilegal. A indústria em ascensão no país também ajudou para que os próprios desenvolvedores auxiliassem nas ações para coibir a pirataria.

A porcentagem mundial de softwares ilegais chegou a 38%, 3 pontos acima do ano anterior, gerando quase 48 bilhões de dólares de prejuízo no mercado além da queda na arrecadação de impostos e geração de empregos. A menor taxa de pirataria é nos Estados Unidos onde o índice percentual chega a 20%, o maior índice ficou para a Armênia com seus 93% mesmo com a queda anual de 2 pontos. A medalha de prata foi dividida entre Bangladesh, Moldova e Azerbaijão onde 92% dos softwares consumidos são de origem ilegal.

[via Reuters]

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