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Trauma Center: Under the Knife

16 anos atrás

Meus amigos sempre comentaram comigo: "nooossa, agora dá para fazer treinamento em cirurgia no DS!". Opa, não é bem assim! Em Trauma Center: Under the Knife, o jogador trabalha com cirurgias sim! Mas sem aquela nojeira comum que só os médicos gostam de ver. Eu, particularmente, prefiro abrir um computador do que uma pessoa. Mas pasmem! O jogo é muito bom! Até eu que não consegui ver um parto pela Discovery Health fiquei esperando qual era o próximo paciente!

O jogo foi desenvolvido pela japonesa Atlus em 2005, ainda nos primórdios do famoso portátil da Nintendo. A série Trauma Center já possui mais dois novos jogos lançados para Wii: Second Opinion e New Blood.

História

Você entra na pele de Derek Stiles, o famoso Dr. Stiles que a enfermeira fala tanto durante o jogo e será capaz de salvar o mundo de uma organização terrorista que soltou uma arma biológica. Japonês nunca se aguenta, tem que inventar algo que seja o "bem contra o mal" e fugir do principal no jogo, brincar de médico usando algumas ferramentas fictícias para curar os pacientes.

Com o passar dos episódios, Derek (você) vai evoluindo como médico e resolve operações cada vez mais cabulosas. Com menos tempo e mais difíceis de serem resolvidas.

Dr. Stiles

Olha a faca!

A melhor parte do jogo é "o jogo em si". Fazer as operações é realmente divertido. Os 10 itens para realizá-las são de mentira, mas usando-os nota-se uma certa lógica e quando numa operação você se deparar com uma situação nova, pode tentar usar certo instrumento de acordo com algo feito antes (usando a cabeça). As operações são feitas no coração, pâncreas, fígado, pulmão, na garganta e em vários outros órgãos. E nos deparamos com todos os tipos de problemas: têm tumores, vírus, acidentes e todo o cardápio que um hospital pode oferecer ao médico.

Existe um tempo máximo para realizar as operações e também o batimento cardíaco do paciente é mostrado no canto da tela inferior do DS. Se algum dos 2 zerar já era. Fim de jogo e comece a operação novamente, então sempre tome muito cuidado com esses dois marcadores durante as operações. Algumas ações que devem ser feitas têm uma velocidade ideal para realização. Experimente fazer cortes rápidos nos pacientes que não funciona, usar a faca ou tirar cacos de vidro tem que ser lentamente para não ferir o paciente. No ínicio as enfermeiras te ajudam a usar os instrumentos, mas com o tempo elas só ficam falando e ajudando mas quem tem que operar é você Dr. Stiles!

Uma breve descrição de alguns instrumentos: faca para abrir os pacientes, uma "lupa" para dar zoom em certos órgãos e também usada para achar tumores, corda para fechar as feridas e também para fechar o local por onde foi feita a operação, gase para enfaixar o local das operações, um estranho que "gel cura tudo" que deve ser passado antes de fazer cortes e para fazer parar pequenos sangramentos. Temos mais alguns instrumentos usados no jogo, cada um para uma finalidade.

Nota-se que sei muito de medicina. O "Dr. Léo Faoro Stiles" poderia dar uma ajudinha nos nomes dos instrumentos, né?!

Gráficos e sons

Os gráficos seguem ao bom e velho estilo desenho japonês, todos os personagens são mostrados na tela superior estáticos fazendo alguma ação. ex: quando um paciente está prestes a morrer, a enfermeira faz uma cara de coitadinha e você (Dr. Stiles) faz uma pose de "eu salvarei o dia"! Essa parte quando se conta a história do jogo poderia ter mais detalhes gráficos com movimento, pois muita gente simplesmente quer operar e não muito blablablá! Acho que dando uma ênfase maior aos gráficos chamaria mais atenção à parte da história. Antes de cada fase começar existe um diagnóstico contando o estado do paciente, explica seu problema e porque ele ficou daquela maneira.

Dentro da operação os gráficos são simples e eficientes. Todos os órgãos, tumores, cortes e tudo mais que têm dentro de uma pessoa numa mesa de operação são facilmente identificados só de bater o olho. Usar a stylus (canetinha do DS) deixa a realização do processo muito fácil e intuitívo mas às vezes a precisão dela não é exata.

O som condiz com o jogo. Não chama muita atenção. Não é maravilhoso mas também não irrita.

Alguns citaram o jogo da Atlus como simulador mas na verdade ele está muito longe disso. "Trauma Center: under the knife" é um jogo que você deve curar os pacientes através de instrumentos e problemas fictícios. Um jogo feito para a massa, para os "não médicos", pois acredito que os médicos veriam alguns absurdos dentro do game.

- proposta de jogo diferente e desafiadora;
- operação + stylus, um belo casamento;
- utilização dos instrumentos bem intuitíva.

- história muito cabeluda que afasta alguns jogadores;
- gráficos muito simplório na hora de contar essa história.

 
 

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