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Libélulas podem ajudar pesquisadores a criar robôs mais eficientes

Pesquisadores australianos descobrem que libélulas enxergam objetos escuros com facilidade - e isso poderia ser útil no desenvolvimento de drones

10 anos e meio atrás

dragonfly

Steven Wiederman e David O'Carroll, membros do Centro para a Pesquisa de Neurociência da Universidade de Adelaide, Austrália estão conduzindo um estudo que pode um dia levar ao desenvolvimento de drones e robôs dotados de sistemas de detecção e rastreamento mais avançados do que os atuais, com uma pequena ajuda das libélulas, insetos conhecidos por sua excelente visão e que perdem apenas para o camarão-louva-a-deus, que além de ter 12 receptores de cores e processar todas as imagens nos olhos e não no cérebro, ainda possui uma pistola sônica em cada garra.

As capacidades oculares desses insetos já são bem conhecidas: com olhos compostos muito mais avançados do que qualquer outro artrópode, as libélulas possuem um campo de visão de 360 graus, completamente sem nenhum ponto cego, além de poderem enxergar a luz UV e o plano de polarização da luz. Mas o que os pesquisadores descobriram é que elas possuem uma espécie de circuito especial, que lhes permite enxergar também no escuro.

A maioria dos animais, seja vertebrados ou invertebrados processam os estímulos de luz e sombra separadamente, através de dois canais de incremento e decremento de luminescência (chamados por eles de canais ON e OFF). Segundo os pesquisadores, os animais (e nós) usam uma combinação no cérebro de switches ON e ON, ou OFF e OFF. Entretanto eles conseguiram detectar que as libélulas utilizam uma combinação de ON e OFF, o que lhes permite detectar objetos escuros em movimento (como presas em potencial) com certa facilidade.

A pesquisa ainda é preliminar e dá indícios de que outros animais também possuam essa vantagem (no caso do camarão, com certeza), mas esta é a primeira vez que conseguiram confirmar que algum animal possui essa habilidade. Entendendo como as libélulas conseguem enxergar objetos escuros poderá permitir o desenvolvimento não só de drones mais eficientes, como também próteses neurais. Como já conseguiram criar um drone que imita de certa forma o voo delas, copiar a visão seria o próximo passo.

Fonte: PopSci.

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