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Hacker russo cria port não-autorizado de The Dishwasher: Vampire Smile para PC

Hacker inconformado converte game do XBox 360 e o adapta para o PC, chamando o ato de "justiça" e não pirataria

11 anos atrás

The Dishwasher: Vampire Smile

Apesar de não ser um cenário ideal, exclusividade é bom para os video games. Garantir o domínio sobre um título permite vantagens entre um console e outro, e é um dos motivos principais da escolha de plataformas entre os jogadores.

Excluindo os títulos exclusivos das próprias empresas como Mario, Zelda, Metroid ou Kirby da Nintendo, Halo, Gears Of War ou Forza da Microsoft e God Of War, Gran Turismo ou Killzone da Sony, temos recentemente o caso de inúmeros desenvolvedores independentes que fecham acordos com as publishers, que injetam dinheiro para ajudar o processo e ganham preferência. Foi assim com Bastion, Braid, JourneyGuacamelee!...

Mas algumas pessoas não pensam assim. Foi o caso de um hacker russo conhecido apenas como "Barabus" que, indignado que a Microsoft e a Ska Studios não liberaram uma versão para PC do beat'em up The Dishwasher: Vampire Smile, game de 2011 e sequência de The Dishwasher: Dead Samurai, ambos exclusivos do XBox 360, resolveu por a mão na massa e adaptar ele mesmo o game, criando um port não-autorizado do título.

Segundo o hacker, "os desenvolvedores não foram legais ao publicar o game apenas para o XBox 360, tornando impossível que os PC gamers joguem esse game incrível". Ele reconhece que o que ele fez não é certo, mas ele não se refere ao seu ato como pirataria, mas sim "restauração da justiça"; além disso ele diz que os desenvolvedores "não estão perdendo dinheiro com isso" e que os gamers "agora tem opção de escolha" entre pagar exorbitantes US$ 10 dólares no 360 ou baixar de graça no PC e deixar de prestigiar quem deu duro para criar o game.

A resposta da Ska Studios não demorou. James Silva, co-fundador da desenvolvedora disse que admira o esforço do hacker e que está impressionado por haver pessoas que gostariam de jogar no PC. Mas não aceitou as justificativas de Barabus. Segundo ele, "(o hacker) assumiu várias preposições do por que Vampire Smile não ter sido lançado para PC, e poderia ter esclarecido todas as dúvidas apenas me mandando um e-mail. Eu sei que a pirataria é um problema de serviço, mas é uma consequência, não uma justificativa".

A outra co-fundadora, a artista Michelle Juett Silva tuitou a respeito de um artigo que chamou o hacker de desenvolvedor: "Na minha opinião chamá-lo de desenvolvedor é o mesmo que chamar um vendedor de aparelhos de som de designer de produtos". E ainda ironizou, aproveitando o anúncio de que Halo: Spartan Assault será destinado apenas para Windows 8 e WP8:

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Polêmicas à parte, é admirável o esforço que o hacker teve em converter o game para o PC, mas não tê-lo disponível em determinada plataforma não lhe dá o direito de fazer o que fez. Há inúmeras razões para os títulos da Ska Studios não terem saído do 360 e o velho discurso do "se vocês não fazem, eu farei e isso não é pirataria" não cola.

Fonte: Polygon.

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