Carlos Cardoso 11 anos atrás
Os chamados Microscópios de Força Atômica Sem Contato são uma tecnologia do final dos Anos 80 que não utilizam luz para fazer suas imagens. Nem mesmo elétrons, pois o comprimento de onda deles também não permitem imagens de objetos abaixo de um determinado tamanho. A ciência por trás deles é outra.
Se baseiam em uma ponta muito fina, microscópica, que é mecanicamente suspensa a um pentelhonésimo de mícron acima da amostra a ser examinada. Na ponta da ponteira, uma única molécula de monóxido de carbono.
Um mecanismo incrivelmente preciso desliza a ponteira. Se ela passar por cima de um átomo, ou mesmo um elétron, diversas forças entram em ação, desde o Efeito Cassimir até Forças de Van der Waals, magnetismo, capilaridade, midiclorians, tudo. Essas forças fazem com que a ponta se movimente. Um laser verifica e amplifica esse movimento, gerando um sinal utilizado na composição da imagem.
Felix Fischer, um químico de Berkeley estava pesquisando técnicas de produção de grafeno quando percebeu que precisava identificar se as moléculas criadas eram as corretas. Os meios químicos eram bem trabalhosos, o método mais rápido seria… olhar as maledetas.
Ele deu um pulo em outro laboratório na mesma Universidade, apresentou a idéia e os responsáveis pelo microscópio toparam. Felix conseguiu então ver suas pequenas criações.
VER moléculas por si só já é algo que parece ficção científica. Usar isso de forma corriqueira então, nem se fala. Veja você também, que coisa linda, nossa tecnologia nos dando Visão Além do Alcance:
A pesquisa produziu moléculas inesperadas, e permitiu até que comprovassem estruturas que não tinham certeza se seriam possíveis, como esta aqui debaixo, que em todos os os anos estudando química[Citation Needed] eu nunca tinha visto. Que diabo são esses peixinhos?
Fonte: Wired.