Yeltsin Lima 11 anos atrás
O programa ALEXA de Radioexploração Espacial foi criado pelo Tulio Baars, um jovem brasileiro de 16 anos de Santa Catarina (Presidente Getúlio). Preciso fazer duas considerações antes de iniciar o artigo. A primeira é que eu fiquei bastante feliz e motivado em ver que um jovem de 16 anos, trocando o modismo da maioria dos jovens de mesma idade, decidiu de uma forma indireta, beneficiar a ciência/astronomia brasileira com um projeto independente. A segunda foi de ficar muito mais feliz em ver um projeto científico e tecnológico no Catarse.
Sua iniciativa é instalar e operar um Radiotelescópio em uma região extremamente favorável para monitorar a atividade de alguns corpos celestes com variados objetivos (explicarei mais sobre objetivos adiante). Apesar dele estar trabalhado sozinho no momento, o projeto é aberto a colaboradores de diversas áreas de conhecimento, assim como empresas e interessados em contribuir para esta iniciativa pioneira no país.
Preciso lembrar que a ciência no Brasil sofre grande descaso? E que o projeto está sendo realizado de forma "privada", recebendo apoio de pessoas como você? Que o Governo só "prestou apoio" de uma forma: cobrando imposto?
Os objetivos do programa incluem:
O ano certo para esse projeto é 2013, quando o Sol entrará em seu período de pico em maio. O programa ALEXA pretende realizar observações destes fenômenos em uma localização privilegiada e com recursos tecnológicos superiores aos do último pico, sendo pioneiro mundial na utilização da AMAS para Radiotelescopia.
O Tulio Baars conseguiu três radiotelescópios, sendo um doado pela S.A.R.A. da NASA para monitoramento do Sol e Júpiter e aquisição de dados para o programa SETI e que será usado no projeto Harvey I. E os outros dois foram doados pelo Solar Research Center da University of Stanford e que será usado para o projeto Harvey II para monitoramento dos efeitos de tempestades e ventos solares na ionosfera terrestre e as suas interações com o Cinturão de Van-Allen, para pesquisas e desenvolvimento de sistemas de proteção para satélites de telecomunicações, equipamentos e antenas de telecomunicações terrestres.
Mesmo o projeto tá tendo alcançado seu objetivo, creio que seja válido doarmos mais, para que ele consiga obter a segunda parte do projeto, que consistem em:
R$ 1.800,00 para aquisição de um sistema de alimentação solar completo com baterias para o radiotelescópio móvel (um dos de Stanford pode ser desmontado e colocado em um carro);
R$ 500,00 para estruturação básica do laboratório móvel (gazebo, mesa, cadeiras de plástico, base das placas solares);
R$ 1.000,00 para aquisição de um sistema de estação metereológica e aviso de tempestades, para podermos prevenir acidentes baixando os mastros de antena.
E se ultrapassar isso ainda, ainda nos falta um computador exclusivo ao projeto, um monitor, osciloscópio, freqüencímetro, gerador de funções… várias coisas para equipar bem o lab!
Conversei com o Tulio e para não estender este artigo, publicarei outro artigo contendo nossa rápida entrevista. 😉