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Nokia e Microsoft lançam (finalmente) Windows Phone 8 no Brasil

Estivemos no lançamento oficial do Windows Phone 8 no Brasil e o Meio Bit conferiu os novos smartphones Nokia: Lumia 920 Pureview, Lumia 820 e a bela pechincha que é o Lumia 620.

11 anos atrás

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Dia 20, depois de um longo e tenebroso inverno e medo, com a súbita virtual morte da HTC, o Brasil respirou aliviado ao ver que não ficaremos de fora dos planos na Microsoft e da Nokia para o mercado mobile.

Com pompa, circunstância, champã e trilha sonora de Indiana Jones, foram lançados de uma vez os três principais aparelhos da linha Windows 8 da Nokia.

Chegaram os Nokias 920, 820 e 620, todos rodando o Windows 8 com performance consistente e decente, evitando uma primeira impressão ruim em equipamentos entry-level, coisa que prejudicou bastante o Android.

Vejamos as principais características deles:

Modelo Nokia 920 Nokia 820 Nokia 620
Processador Snapdragon S4 Dualcore Snapdragon S4 Dualcore Snapdragon S4 Dualcore
Clock 1,5GHz 1,5GHz 1GHz
Rede 4G 4G  3G
Memória 1GB 1GB 512MB
Armazenamento 32GB 8GB 8GB
Cartão microSD não até 64GB até 64GB
Tela 4,5 polegadas 4,3 polegadas 3,8 polegadas
Resolução 768 x 1280 800 x 480 800 x 480
Câmera principal 8,7MP PureView 8MP 5MP
Câmera secundária 1,3MP VGA VGA
Bateria 2000mAh 1650 mAh 1300mAh
Preço sugerido R$ 1.999,00 R$ 1.599,00 R$ 899,00

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Ah sim, está rolando uma promoção onde na compra de um Lumia 920 nas lojas quiosques ou sites da Nokia, você ganha uma licença de Windows 8.

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Fora as apresentações de praxe, tivemos bastante tempo para mexer, fuçar e conversar com o pessoal da Nokia. A proposta, nada secreta e nada nova, no sentido de já estar sendo encaminhada faz tempo, ficou linda e evidente: Três telas, uma interface. O XBox com cara de Windows 8, o tablet/PC com cara de Windows 8 e o celular com cara de Windows 8. Isso significa que a curva de aprendizado do usuário cai tremendamente.

A Apple tentou isso timidamente fazendo o OSX ficar com cara de iOS, mas é só um launcher, coisa que a HTC fez com o Touch e enganou tantos trouxas como eu, No caso é a interface MESMO. Se você tem um tablet Windows 8, já sabe usar o celular. Para geeks não parece nada demais, mas lembre-se que vivemos em um mundo onde existe mercado para isto:

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Foi muito bom poder pegar o 920 na mão. Ele parece maior nas fotos, não a ponto de ser uma daquelas armas brancas que chamam de phablets, mas parece grande.

Não é. Quem se acostumou com celular pequeno tem o vício de achar que quanto menor, melhor, mesmo sendo uma aberração em relação a todos os outros símbolos fálicos no planeta. Desprezamos celulares grandes e achamos exagero, mas é preciso vencer o preconceito e pegar no negócio.

O falecido HTC Titan, o Galaxy S3 e o Nokia 920 estão muito longe da alcunha Tijorolla, muita grana foi investida em estudos de ergonomia, a menos que você tenha mãos minúsculas, eles se encaixam bem. Não dá nem para perder tempo analisando se os 8,6mm de espessura do S3 são melhores que os 10,7mm no 920, na mão não se percebe a diferença, o encaixe é perfeito.

A Nokia está trazendo com o 920 o carregamento sem-fio, enquanto não surgem alternativas na DX, o DT-900 será vendido aqui por R$199,00. O Nokia 920 já tem suporte a essa modalidade de carregamento, já o 820 depende de uma capinha específica, vendida a razoáveis R$69,00.

Do ponto de vista racional o carregamento sem-fio não faz sentido, pois você tem que ligar o carregador na tomada do mesmo jeito. O ganho será de frações de segundo, ao evitar o ato de conectar e desconectar o celular.

Aí me lembrei da capinha do iPad com interruptor magnético. Ela serve para contornar a trava de tela, aquela onde você desliza o dedo e libera a tela. É uma bobagem, mas abrir a capa, o imã (como diabos eles funcionam?) destravar automaticamente e você já sair usando é um ganho imenso de tempo, contando que é um ato que você repete inúmeras vezes ao dia.

Já existem cafés nos EUA com mesas inteligentes, onde você coloca o celular e o carregador embutido nela começa a soprar deliciosas ondas eletromagnéticas, energizando o bicho. A tendência é que isso se espalhe. Não duvido que fabricantes de móveis criem mesas de escritório com a mesma tecnologia. Quem sabe um dia chegaremos até a nunca mais ouvir a frase mais falada em qualquer escritório do mundo: “— Quem tem carregador de Nokia?”

Vi demonstrações do SmartGlass, funcionando como teclado auxiliar e controle remoto do XBox. Explicaram que ele pode inclusive ser usado como tela auxiliar de jogos, mas não havia nenhum para demonstrar. Uma pena, mas só de não ter que digitar com o Joystick, já vale a aplicação.

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Como bom espírito de porco, fui testar o carregador sem-fio, vendo até onde ele conseguia funcionar, com o telefone desalinhado. O limite foi o ângulo da foto acima. me impressionou.

Outro acessório que a Nokia está trazendo é esta caixa de som aqui:

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Funciona com NFC, que é uma espécie de Blutooth sem burocracia e alcance curto por design. É tão simples de usar quanto Airplay, mas no caso trás uma vantagem extra: A caixa de som também é um carregador sem-fio. Menos espaço ocupado na mesa. Eu prefiro fones, mas há quem adore caixas. Não sendo meu vizinho, tudo bem.

Conclusão:

Um lançamento forte, trazendo o topo de linha da Nokia, um celular que está sendo elogiado em tudo que é canto, ganhador inclusive prêmio de celular do ano do Gizmodo. A Nokia sempre teve um lugar especial no coração dos geeks, a associação com a Microsoft demorou a mostrar resultados mas agora há um aparelho brigando de igual pra igual no mercado. O marketshare do Windows Phone ainda é pequeno, claro.

Conquistar espaço em um mercado consolidado como o de celulares não é fácil. Vencer a inércia e mudar de sistema operacional não é uma decisão simples. Criar todo um novo público, comer pelas beiradas até atingir massa crítica é uma tarefa complexa. Custará uma fortuna e levará anos. Felizmente a Microsoft tem as duas coisas.

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